As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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22/10/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Projeto leva produção de quilombos no Vale do Ribeira à periferia paulistana
Alimentos produzidos por comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, estão chegando às mesas de famílias vulneráveis na capital. Desde maio de 2020, foram doadas 254 toneladas de alimentos a 31 mil pessoas, em ações sociais de cidades da área dos quilombos, como Eldorado e Iporanga, e comunidades paulistanas, como Brasilândia, na zona norte, e Jardim São Remo, zona oeste. A rede de distribuição nasceu de um plano emergencial para garantir saúde, renda e segurança alimentar aos moradores dos quilombos. A Cooperativa dos Agricultores Quilombolas do Vale do Ribeira (Cooperquivale) organiza a produção e o comércio de 17 quilombos. Os alimentos chegam de comunidades que ficam em um raio de 150 km de Eldorado, onde está a sede. O plano foi organizado com o apoio do Instituto Socioambiental (ISA), que presta assessoria às comunidades do vale. Raquel Pasinato, bióloga e coordenadora do Programa Vale do Ribeira no ISA
Yahho.com, 21/10.;FSP, 21/10, Comida.
"Estamos em luto pela morte de crianças yanomami", diz liderança
As famílias de duas crianças indígenas mortas, ao que tudo indica em consequência do garimpo na Terra Indígena (TI) Yanomami, entre os estados de Roraima e Amazonas, ainda estão em luto. No último dia 12 de outubro, os primos, de 4 e 5 anos, brincavam perto de uma balsa de garimpo no rio próximo à comunidade Makuxi Yano, quando foram sugados por uma draga que faz a sucção de minérios, segundo relatos. As crianças teriam sido cuspidas para o meio do rio e levadas pela correnteza. Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuanna (Condisi-YY), diz que toda a comunidade está em choque e que os garimpeiros continuam operando no local. "No dia, todo mundo fugiu, mas eles estão retornando", relata em entrevista à DW Brasil
Deutsche Welle, 22/10.
Pará: iniciativa oferece atendimento médico a indígenas e ribeirinhos
Indígenas e ribeirinhos contam com acesso à saúde sem sair de suas comunidades. A iniciativa atende nesta primeira etapa cerca de 500 indígenas e 1000 ribeirinhos que moram na região das Reservas Extrativistas Rio Iriri, Rio Xingu e Riozinho do Anfrísio, em Altamira, no Pará. Hoje, essas comunidades já contam com postos de saúde e pontos de internet. De acordo com Marcelo Salazar, um dos coordenadores do projeto ligado à ONG Saúde em Harmonia, a instalação desses pontos foi fundamental para a comunicação entre os profissionais de medicina e os pacientes
Agência Brasil, 21/10.
Cooperativa de garimpo recém-criada se alça a uma das maiores mineradoras na Amazônia
Uma dupla de ex-servidores públicos da pequena cidade de Conquista d’Oeste (4 mil habitantes, no Mato Grosso), sem nenhuma experiência em mineração, tenta abocanhar uma área na Amazônia quase tão grande quanto a detida pela Vale S.A para explorar ouro, diamante e cobre. Fundada há pouco mais de um ano por Aldeir Farias Simões e Ezequiel Alves, a Cooperativa dos Mineradores do Vale do Guaporé já é a quinta maior mineradora nacional em área requerida, disputando espaço com gigantes multinacionais como a Nexa Resources e a Anglo American
InfoAmazonia, 22/10.
Mato Grosso soma 88,3 mil hectares de florestas exploradas ilegalmente em 2020
Maior fornecedor de madeira nativa do Brasil e responsável por metade da produção total da Amazônia, Mato Grosso somou mais de 88,3 mil hectares de florestas exploradas ilegalmente entre agosto de 2019 e julho de 2020. Os números fazem parte do estudo “Mapeamento da ilegalidade na exploração madeireira em Mato Grosso em 2020“, lançado nesta sexta-feira (22) pela Rede Simex, que reúne Instituto Centro de Vida (ICV), Imazon, Idesam e o Imaflora. O levantamento aponta que, embora com tendência de redução dos últimos anos, a proporção de ilegalidade segue em um preocupante patamar de 38% do total de áreas exploradas no período – ou seja, de cada dez hectares explorados no Estado para atender ao mercados nacional e internacional de madeira, em torno de quatro não foram autorizados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema/MT)
ICV, 22/10.
Organizações denunciam Brasil na CIDH por violar direitos de ativistas ambientais
Treze ONGs denunciaram nesta sexta (22) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o que caracterizam como um desmonte ambiental e um cenário de alto risco a defensores ambientais no Brasil. As organizações, entre as quais a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos, a Justiça Global e a Plataforma Dhesca, afirmam que o país é historicamente um dos que mais matam ativistas e salientam que a postura do governo Bolsonaro agrava um quadro de "perseguição e criminalização por parte dos agentes estatais". Os argumentos apontam que o governo, ao asfixiar a legislação socioambiental, favorece um cenário de vigilância e perseguições a ativistas. São mencionados o sucateamento de instituições públicas voltadas para a defesa do ambiente e a omissão no combate a ilegalidades e crimes ambientais
Yahoo.com, 22/10.;FSP, 22/10, Mundo.
Governo Bolsonaro exclui expansão de áreas verdes protegidas em atualização da política do clima
O governo Jair Bolsonaro prepara uma atualização da Política Nacional sobre Mudança do Clima e, na minuta finalizada de um projeto de lei, excluiu a previsão de expansão de áreas verdes legalmente protegidas. A minuta do projeto, obtida pela reportagem, propõe a revogação da lei de 2009 que instituiu a política do governo brasileiro para mudanças climáticas, de forma que a nova proposta em desenvolvimento ocupe seu lugar. Pela lei vigente, que faz uma projeção de emissão de gases de efeito estufa até 2020, a Política Nacional sobre Mudança do Clima deve visar à "consolidação e à expansão das áreas legalmente protegidas". Outros objetivos são o incentivo aos reflorestamentos e à recuperação de áreas degradadas. A atualização da lei a cargo do governo Bolsonaro faz desaparecer o propósito de expansão de áreas protegidas
Yahoo.com, 21/10.;FSP, 21/10, Ambiente.
Representantes ministeriais negam posturas contrárias a consenso na COP-26
Às vésperas da COP-26 — Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima —, que ocorrerá em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro, senadores querem saber do governo federal quais as propostas do país para o estabelecimento de uma estratégia internacional destinada ao combate às preocupantes alterações climáticas. A questão foi amplamente debatida nesta quinta-feira (21) em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA). Presidente da CMA, Jaques Wagner (PT-BA) enfatizou que o tema das mudanças climáticas se tornou emergencial. O mercado internacional está impondo regras e a oitiva de que o Brasil poderia trabalhar para interditar um eventual consenso preocupa, segundo o senador, que questionou representantes ministeriais sobre a real e efetiva expectativa acerca do posicionamento governamental
Agência Senado, 21/10.
COP-26: O Papel dos Povos Indígenas da Amazônia no Combate ao Aquecimento Global
Os povos indígenas têm um papel importante como guardiões da floresta, evitando as emissões oriundas do desmatamento e da degradação florestal. Terras indígenas na Amazônia brasileira têm menos desmatamento que terras não indígenas, incluindo várias categorias de áreas protegidas para a biodiversidade (por exemplo. No entanto, essa proteção não é automática e não pode simplesmente ser presumida a continuar como um serviço “gratuito” para a sociedade em geral. O combate ao aquecimento global é do interesse dos povos indígenas porque as mudanças climáticas ameaçam a própria existência das florestas, junto com os meios de subsistência e as culturas dos povos indígenas. Por Philip Martin Fearnside
Amazônia Real, 21/10.
COP26: As críticas do Brasil a relatório da ONU crucial para conferência sobre mudanças climáticas
Em mensagens ao principal órgão mundial responsável por orientar o combate às mudanças climáticas, o Brasil se opôs a recomendações para reduzir o consumo de carne no mundo, defendeu a produção de biocombustíveis e rebateu críticas à política ambiental do governo Jair Bolsonaro. Os debates foram travados durante a elaboração do sexto relatório de avaliação do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que será um dos documentos de referência na COP26, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que começa no dia 31 de outubro em Glasgow, na Escócia. A BBC teve acesso exclusivo a mais de 32 mil comentários e críticas que governos, empresas e outras instituições fizeram ao relatório do IPCC, o principal órgão global responsável por organizar o conhecimento científico sobre as mudanças do clima e orientar as ações para combatê-las
BBC Brasil, 21/10.
AMAZÔNIA
Amazônia está perto de seu ponto de inflexão? Três estudos do mundo real revelam ameaças
À medida que mais e mais floresta é cortada, os pesquisadores dizem que a perda da cobertura corre o risco de atingir um limite - um ponto de inflexão - após o qual a floresta e o clima local terão mudado tão radicalmente a ponto de desencadear a morte da Amazônia como floresta tropical. Em seu lugar, cresceria uma floresta mais baixa e seca ou savana. As consequências para a biodiversidade e as mudanças climáticas seriam devastadoras, extinguindo milhares de espécies e liberando uma quantidade colossal de dióxido de carbono na atmosfera que sabotaria as tentativas de limitar as mudanças climáticas globais. O ponto de inflexão da Amazônia marcaria uma mudança final na capacidade da floresta tropical de se sustentar, um momento final após o qual as árvores não podem mais alimentar as nuvens com umidade suficiente para criar a quantidade de chuva necessária para sobreviver. Por Stephen Eisenhammer (Reuters)
UOL, 21/10.
EUA anunciam pacto contra desmatamento da Amazônia
Numa tentativa de combater um fator-chave das mudanças climáticas, os Estados Unidos vão lançar um pacto regional na Amazônia para reduzir o desmatamento e proteger terras indígenas na região, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, nesta quinta-feira (21/10). Em visita à Colômbia, Blinken afirmou que os EUA vão finalizar nos próximos dias uma "nova parceria regional focada especificamente no enfrentamento do desmatamento impulsionado por commodities”. Segundo o secretário, a iniciativa fornecerá informações a empresas para ajudá-las a reduzir sua dependência da destruição florestal. "Podemos dar grandes passos para lidar com a crise climática", disse Blinken ao anunciar o pacto, a poucos dias da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26
Deutsche Welle, 22/10.

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