As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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18/02/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Covid-19 mata Aruká Juma, último ancião de seu povo
Aruká sobreviveu ao massacre dos Juma, na década de 1960, mas não resistiu ao novo coronavírus; entidades cobram responsabilidade da Funai
A "missão final" do cacique Raoni para salvar a Amazônia
O cacique brasileiro Raoni Metuktire, que aos 91 anos continua a ser um ícone na defesa da Amazônia, fará um apelo global na quinta-feira (18) por ajuda em relação à região com sua "missão final": obter status de proteção para as terras ancestrais onde nasceu. Raoni, um líder kayapó, participará de um evento ao vivo no Facebook chamado "Protejamos a Amazônia", organizado por vários grupos ambientalistas que buscam pressionar o governo de Jair Bolsonaro para proteger a maior floresta tropical do planeta. "Fico muito triste quando vejo como nossas terras estão sendo destruídas mais a cada dia", afirmou Raoni em vídeo pré-gravado para o evento e compartilhado com a AFP
UOL, 17/02.
MPF recomenda inclusão de todos os indígenas do AM em grupo prioritário para vacinação contra covid-19
O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação para que todos os indígenas do Amazonas sejam inseridos no grupo prioritário de vacinação contra covid-19, incluindo os que vivem em contexto urbano ou em áreas não regularizadas, no prazo de cinco dias. O documento, enviado ao Ministério da Saúde, à Secretaria de Vigilância em Saúde, ao Estado do Amazonas, à Fundação de Vigilância em Saúde e aos Municípios do Amazonas, prevê a destinação de dose em quantidades adequadas para atender ao público mencionado
MPF, 17/02.
Aldeia do Xingu que fez esquema especial contra a Covid é vacinada e fecha ciclo sem mortes pela doença
Antes da pandemia chegar, os kuikuro, povo indígena de Mato Grosso, fecharam parcerias, contrataram profissionais da saúde e se informaram sobre a Covid-19. Nesta semana, sem nenhuma morte pela doença desde o começo da pandemia, toda a comunidade se vacinou. Como foi possível manter uma aldeia inteira sem perder ninguém para o coronavírus? Há seis meses, os Kuikuro já haviam implantado um hospital dentro do território, estavam fazendo isolamento social, e levaram para trabalhar dentro da aldeia enfermeiros e a médica Giulia Parise Balbao. "A história é bonita porque é coletiva", descreve Giulia. Ela foi contratada após pedir demissão do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, pela Associação Indígena Kuikuro do Alto Xingu. Quase todos os mais de 200 índios acabaram infectados, mas nenhum morreu devido à doença, incluindo os anciãos
G1, Bem Estar, 17/02.
Ibama e a sentença de morte do Médio Xingu
No ano de 2020, o Médio Xingu sofreu uma das piores secas da sua história. Aliado a um aumento exponencial das queimadas, do desmatamento e dos conflitos fundiários, o fenômeno comprovou a previsão de dezenas de cientistas e do povo beiradeiro de que a demanda de água e a própria existência da usina de Belo Monte se configuraram como maior vetor de degradação socioambiental da região, cujas proporções chegaram a um limite a partir do qual o Médio Xingu vai sofrer danos irreparáveis
Movimento Xingu Vivo para Sempre, 15/02.
Barragens de hidrelétricas, como a de Belo Monte, transformam Amazônia em zona de sacrifício
De acordo com um estudo publicado em 2019 pela revista Nature Communications, pelo menos 158 barragens, incluindo pequenas barragens, operavam ou estavam em construção na bacia amazônica, e outras 351 haviam sido propostas. Um dos exemplos mais notáveis é o da barragem de Belo Monte, quarto maior projeto hidrelétrico do mundo. A obra foi responsável pelo bloqueio do rio Xingu, um importante afluente do Amazonas. Seu reservatório inundou 518 quilômetros quadrados, deslocou mais de 20.000 pessoas e causou danos extensos a um ecossistema de rio que contém mais de 500 espécies de peixes, muitos deles não encontrados em nenhum outro lugar e dos quais dependem populações indígenas locais. Para completar, o ciclo sazonal natural do rio Xingu inclui um longo período de baixa vazão que impede Belo Monte de usar muitas de suas caras turbinas durante grande parte do ano. Por Philip Martin Fearnside
El País, 14/02.
Plataforma inédita no Brasil reúne dados sobre o Cerrado
Ferramenta virtual e colaborativa criada pela Universidade Federal de Goiás busca reunir o maior e mais antigo acervo sobre o Cerrado já disponível no país. A Plataforma de Conhecimento do Cerrado estará sempre em atualização e tem o objetivo de ser referência nacional sobre o bioma, para unificar o acesso a pesquisadores em prol da preservação do bioma. Bilíngue, a ferramenta inclui números sobre desmatamento, uso do solo, biodiversidade e socioeconomia. Usuários também podem contribuir inserindo dados, mapas e informações geoespaciais. Seus idealizadores acreditam que o site pode fornecer conhecimento sólido para subsidiar pesquisadores em políticas públicas ou programas para a conservação de um bioma que já perdeu mais de 50% de sua vegetação nativa
Mongabay, 18/02.
Turismo indígena de base comunitária no médio Rio Negro enfrenta os desafios da pandemia
Os povos indígenas da região do Médio Rio Negro enfrentam desafios como conflitos geracionais, adensamento da ocupação territorial, migrações para zonas urbanas, além das pressões e ameaças externas de pesca e caça ilegais e mineração. As comunidades buscam soluções sustentáveis e autônomas para acesso à água e geração de energia. O turismo indígena em modelo de base comunitária e associado à gestão territorial tem potencial para minimizar esses problemas, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento sustentável do território por meio da geração de renda, melhora da autoestima e resgate cultural. Camila Barra, consultora da Garupa, parceira na concepção e implementação das expedições, aponta que a pandemia da covid-19 é uma grande incógnita sobre o futuro do empreendimento. Por Mônica Ribeiro
Conexão Planeta, 17/02.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Fachin vota pela proteção de territórios quilombolas
Edson Fachin decidiu favoravelmente à suspensão de processos de reintegração de posse em territórios quilombolas até o fim da pandemia. Fachin submeteu hoje à tarde seu voto no julgamento (remoto) da ação que trata de medidas para a contenção da pandemia naquelas comunidades. Seu voto foi de encontro ao do ministro Marco Aurélio, relator do processo. No voto, Fachin afirmou que a execução deste tipo de ordem judicial pode comprometer medidas de isolamento nas localidades que já se encontram em situação de vulnerabilidade. Os demais ministros do STF têm até segunda-feira que vem para submeter seus votos ao plenário virtual. Por Lauro Jardim
O Globo, 17/02.

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