As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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19/11/2020 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Tragédia anunciada: contaminações por Covid-19 disparam na Terra Yanomami
Lideranças Yanomami e Ye'kwana e rede de pesquisadores lançam relatório inédito que detalha o avanço da pandemia no território indígena e indica que um em cada três Yanomami já pode ter sido contaminado pelo novo coronavírus
Live hoje: Chega de Invisibilidade quilombola!
Não perca a #CasaFloresta, a roda de conversa do ISA para conectar raízes e antenas! O 19º episódio será hoje (19/11) a partir das 18h!
Correntão, fogo e caneta: Sistema de Unidades de Conservação completa 20 anos sob ataque
Desmatamento em UCs cresce enquanto governo faz de tudo para desidratar órgãos responsáveis e reduzir a fiscalização, analisam pesquisadoras do ISA em artigo
Urnas demarcadas: Brasil elege maior número de candidatos indígenas na história da democracia
Pelo menos 220 indígenas e 57 quilombolas foram eleitos no país no último domingo. Número de eleitos tem crescimento razoável, segundo dados do TSE e dos movimentos sociais
Morte de anciãos por covid-19 ameaça línguas indígenas do Brasil
Eliézer Puruborá, um dos últimos indígenas que cresceu falando a língua puruborá, morreu em decorrência da Covid-19 no início deste ano. Sua morte, aos 92 anos, reduziu ainda mais o pouco domínio que seu povo tem da língua. A pandemia deixa a situação, que já é precária, ainda pior. Estima-se mais de 39 mil casos de coronavírus entre indígenas brasileiros, incluindo seis entre os puruborás, e até 877 mortes. A Covid-19 tira a vida de idosos como Eliézer, que costumam ser os guardiões dos idiomas. O novo coronavírus também força o isolamento dos membros da comunidade, impede os eventos culturais que mantêm as línguas vivas e prejudica o lento progresso da preservação da língua
National Geographic Brasil, 18/11.
"Não é surpresa que europeus comprem madeira ilegal da Amazônia"
Em entrevista, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil aponta que entidade já denunciou ligações de empresas de Europa e EUA com cadeia ilegal na Amazônia. Bolsonaro ameaçou divulgar compradores. Em 2019, a ONG Amazon Watch e a Apib lançaram um relatório que listou empresas brasileiras multadas por crimes ambientais na Amazônia e onde os produtos que elas comercializavam foram parar. O relatório, intitulado Cumplicidade na Destruição: como os consumidores e financiadores do Norte permitem o ataque do governo Bolsonaro à Amazônia Brasileira, analisou 56 empresas brasileiras que foram multadas por crimes ambientais na Amazônia desde 2017 e identificou empresas estrangeiras que fazem negócios com elas. Quanto à madeira, o levantamento identificou no Brasil as empresas Benevides Madeiras & Argus, Tradelink Madeiras e Nordisk Timber Eireli - Edma Lamounier Barros como exportadoras que vendem para 14 empresas na Bélgica, Holanda, Dinamarca, França, Reino Unido e Estados Unidos
Deutsche Welle, 18/11.
Ação do Ibama e Força Nacional aumenta tensão na terra indígena Apiterewa, no Pará
O clima é tenso na terra indígena Apiterewa, localizada entre os municípios de São Félix do Xingu e Tucumã, no sudeste do estado. O motivo é uma operação do Ibama, Força Nacional e Funai. As equipes de fiscalização estão notificando os ocupantes da terra indígena sobre o prazo para que eles se retirem da área. A operação conta com 12 caminhonetes e 2 helicópteros instalados na base dentro da reserva. Os não indígenas denunciam que fiscais estariam agindo com truculência, queimando barracas, apreendendo veículos e destruindo motosserras e geradores de energia
G1/PA, 18/11.
Mulheres indígenas lançam campanha contra especulação imobiliária em Alter do Chão
Alter do Chão, o balneário no oeste do Pará conhecido como “Caribe brasileiro”, é um dos pontos turísticos mais visitados da Amazônia. Chega a reunir quase 100 mil turistas ao ano para uma população de 6 mil pessoas. A beleza singular de praias, igarapés e área de floresta conservada atiça os olhos de grileiros, mineradores, desmatadores e de grandes empresas interessadas em explorar sua riqueza natural e seu potencial turístico. Com o objetivo de sensibilizar sobre a especulação imobiliária e o processo de gentrificação da localidade turística que sobrepõe à Terra Indígena (não demarcada) do povo Borari, o coletivo Suraras do Tapajós lança nesta quinta-feira (19) a campanha nacional #SalvarAlterDoChão. A campanha da Associação de Mulheres Indígenas de Alter do Chão será lançada online às 19 horas (de Brasília) e transmitida pelo canal do Youtube da Climax Brasil
Amazônia Real, 18/11.
BNDES poderia ter mudado o curso do desmatamento na Amazônia, mas lavou as mãos
Com R$ 21 bilhões* em empréstimos e participação acionária nos maiores frigoríficos que operam na Amazônia, o BNDES, o banco de desenvolvimento do Brasil, poderia ter mudado o curso da destruição na floresta. Mas abriu mão de assumir o papel decisivo que lhe competia na agenda preservacionista, deixando livre o caminho para o descontrole ambiental que, sob Jair Bolsonaro, coloca em risco aspirações econômicas do país e compromete a imagem pública nacional. Editada em 2009, a resolução 1854 do BNDES impõe exigências a frigoríficos bovinos que busquem financiamento, garantindo que o dinheiro público não seja usado em atividades associadas ao desmatamento, grilagem e invasão de terras indígenas e unidades de conservação. Desde que passou a valer, R$ 13,2 bilhões foram injetados pelo banco nos três maiores frigoríficos da Amazônia – JBS, Marfrig e Minerva – cujas operações na floresta envolvem 1,8 milhão de hectares sob risco de desmatamento, uma área quase do tamanho do Sergipe
O Eco, 18/11.
Passo Fundo/RS: MPF obtém liminar para garantir direitos territoriais indígenas
O Ministério Público Federal obteve, em caráter liminar, a suspensão dos efeitos e da aplicação da Instrução Normativa/FUNAI Nº 09/2020 em relação à área abrangida pelos municípios sob jurisdição da Subseção Judiciária de Passo Fundo/RS. A decisão do juízo da 2ª Vara da Justiça Federal determinou que a Funai mantenha e/ou inclua no Sistema de Gestão Fundiária e no Sistema do Cadastro Ambiental Rural, bem como considere na emissão da Declaração de Reconhecimento de Limites, além das terras indígenas homologadas, terras dominiais indígenas plenamente regularizadas e reservas indígenas, as terras indígenas localizadas em município sob jurisdição da Subseção de Passo Fundo/RS e em processo de demarcação nas seguintes situações: área formalmente reivindicada por grupos indígenas; área em estudo de identificação e delimitação; terra indígena delimitada; e terra indígena declarada
MPF, 18/11.
85 cidades brasileiras elegem prefeitos e vices multados por infrações ambientais
Nestas eleições, 85 municípios brasileiros elegeram prefeitos ou vices multados pelo Ibama por cometerem infrações ambientais na última década. Eles foram autuados por desmatamento, queimadas, exploração de floresta nativa localizada em reservas ou por prestar informações falsas para os órgãos ambientais a fim de acobertar atividades ilegais. Segundo levantamento da Agência Pública, a maior parte desses políticos são do MDB, seguidos pelo PP e DEM. Cerca de um terço dos candidatos a prefeito e vice com multas que disputaram as eleições saíram vitoriosos nas urnas.  A Pública já havia revelado que 223 candidatos nestas condições concorreram em 2020
A Pública, 18/11.
Geração solar e eólica irá ultrapassar gás e carvão até 2024
O mais recente relatório da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês), divulgado na semana passada, prevê que a capacidade de geração de energia solar e eólica irá dobrar nos próximos cinco anos globalmente e superar a de gás e carvão mineral. A agência intergovernamental estima que ocorrerá um aumento de 1.123 gigawatts (GW) na energia eólica e solar, o que significaria que essas fontes de energia ultrapassariam a capacidade instalada de gás em 2023 e a de carvão em 2024. O crescimento contínuo do setor prevê ainda que as fontes renováveis, incluindo hidrelétricas e bioenergia, substituirão o carvão como a maior fonte de energia do mundo em 2025, diz o relatório da IEA
Observatório do Clima, 18/11.
AMAZÔNIA
Estudo aponta registros inéditos do lobo-guará na Amazônia (e isso não é bom)
Pesquisa registra 22 ocorrências do lobo-guará na Amazônia nos últimos 25 anos; dez são registros inéditos. Suspeita-se que a distribuição do maior canídeo da América do Sul esteja se expandindo para o norte. A transformação da floresta úmida em pasto e monocultura de grãos é um dos motivos apontados. O lobo-guará, espécie típica das savanas, pode estar encontrando nas áreas desmatadas da Amazônia um novo habitat. O lobo-guará tem sido registrado sobretudo em regiões com alta presença humana, o que expõe o animal ao risco de atropelamento, contágio de doenças de animais domésticos e conflitos com fazendeiros
Mongabay, 19/11.

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