As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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14/10/2020 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Grileiros ameaçam sobreviventes do massacre sofrido pelos Piripkura
Sobreviventes de um massacre promovido por madeireiros há 40 anos, Tamandua e Baita moram em fragmentos de floresta na Terra Indígena Piripkura, no noroeste do Mato Grosso. A dupla vive em isolamento voluntário na companhia apenas de um facão e de um machado. Tio e sobrinho não precisam de mais nada para sobreviver, a não ser, é claro, da floresta em pé. Sitiados no seu próprio território, a grilagem vem avançando em ritmo acelerado, fazendo com que a dupla corra o sério risco de sucumbir a um segundo genocídio na selva
Projeto Colabora, 13/10.
Jovem indígena do Amazonas luta para proteger floresta da "ganância"
Precisamos defender o que é nosso, o que é natural, porque o indígena é uma extensão da natureza e ela é uma extensão da gente, afirma a ativista ambiental e indígena Samela Sateré-Mawé, uma jovem estudante de biologia que se juntou ao movimento internacional Fridays for Future em sua luta pela preservação da floresta amazônica. Agora, além dos estudos e do trabalho como artesã - impulsionado pela confecção de máscaras em meio à pandemia de Covid-19--, ela também apresenta vídeos em um canal no YouTube e atua no Fridays for Future (FFF; em português, Sextas-Feiras pelo Futuro), projeto iniciado pela adolescente e ativista sueca Greta Thunberg
Reuters, 09/10.
Após período sem barreiras sanitárias, Covid-19 faz vítimas entre os Sateré-Mawé
De setembro até o início de outubro, o número de casos confirmados de doença do novo coronavírus (Covid-19) entre indígenas atendidos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Parintins aumentou em 120%. Boa parte desse aumento foi puxado pelo aumento de casos entre o povo Sateré-Mawé da Terra Indígena Andirá-Marau. Em agosto, o último boletim da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) registrava 79 casos no Dsei Parintins, que além dos Sateré-Mawé atende o povo Hixkaryana. No dia 8 de outubro esse número saltou para 174 casos confirmados, já são 7 óbitos entre os Sateré-Mawé
Cimi, 13/10.
Justiça Federal no DF manda juiz analisar imediatamente pedido de afastamento do ministro Ricardo Salles
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinou ao juiz da 8ª Vara Federal no Distrito Federal que analise, imediatamente, o pedido de afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A ação foi apresentada pelo Ministério Público Federal há mais de três meses e, até esta terça-feira (13), ainda não havia decisão sobre o pedido. O magistrado também incluiu o processo na pauta de julgamento do dia 27 de outubro. A ação será analisada pela 3ª Turma da Corte
G1/DF, 13/10.
Em menos de 15 dias, focos de queimadas em RO superam registros dos meses de outubro dos últimos 3 anos
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contabilizou mais focos de queimadas nos primeiros 13 dias de outubro em Rondônia do que o registrado no mesmo mês dos últimos três anos. Já são 1.863 pontos de calor captados pelo satélite de referência do instituto em 2020. Em comparação com todo mês de outubro de 2019, por exemplo, o aumento chega a 235%, pois nessa época Rondônia somou 556 focos de fogo. Também no mesmo mês em 2018, o estado acumulou 986 focos de queimadas, enquanto em outubro de 2017 foram 1.724
G1/RO, 14/10.
Sentença nega discurso de ódio
A juíza federal Raffaela Cassia de Sousa, da 3ª Vara Federal Cível do Amazonas, negou pedido do Ministério Público Federal para realização de cerimônia pública de pedido de desculpas na Terra Indígena Waimiri Atroari. Em ação civil pública contra a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União, o MPF sustenta que há omissão do Estado brasileiro na condução de política pública de proteção ao povo que vive nos estados do Amazonas e de Roraima. A juíza, porém, afirma em sentença que “não restou identificada no processo a omissão ou conduta relatada, no que diz respeito aos fatos discutidos nestes autos e atribuídos a determinados órgãos governamentais, especialmente em razão do conteúdo da manifestação da União que expressamente dispôs, na contestação, sobre o respeito aos povos indígenas”
A Crítica, 13/10.
AMAZÔNIA
Carta da Amazônia: destruímos o que não entendemos
Aos senhores presidentes dos nove países da Amazônia e a todos os líderes mundiais que dividem a responsabilidade pelo saque de nossa floresta: Meu nome é Nemonte Nenquimo. Sou uma mulher waorani, mãe e líder do meu povo, e a Amazônia é minha casa. Escrevo esta carta porque os incêndios continuam queimando nossa floresta. Porque as empresas estão despejando petróleo em nossos rios. Porque os mineiros estão roubando ouro (como têm feito durante os últimos 500 anos), deixando para trás crateras e toxinas. Porque os invasores e extrativistas de terras estão derrubando mata virgem para que seu gado possa pastar, suas plantações possam crescer e o homem branco possa comer. (...) Porque, como povos indígenas, estamos lutando para proteger o que amamos: nossa forma de vida, nossos rios, os animais, nossas florestas, a vida na Terra. E é hora de que nos ouçam
El País, 12/10.
Operação 'Amazônia Viva' prende treze pessoas por crimes ambientais no Pará
A Força Tarefa Estadual de Combate ao Desmatamento no Pará prendeu treze pessoas, embargou mais de 20 mil hectares de áreas usadas para crimes ambientais, além de ter apreendido quase mil metros cúbicos de madeira, durante a quarta fase da operação "Amazônia Viva". De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a operação tem missão de coibir, identificar, fiscalizar e punir agentes sociais que invadem regiões de proteção ambiental com a intenção de gerar lucro com atividades ilegais e crimes ambientais. Um garimpo ilegal foi interditado dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu
G1/PA, 13/10.
PANTANAL
Salles defende "boi bombeiro" no Pantanal
Em audiência no Senado nesta quarta-feira (13/10), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, procurou minimizar a responsabilidade do governo federal no combate aos incêndios que vêm devastando o Pantanal e defendeu o aumento da criação de gado na região como forma de evitar o fogo na região – uma tese criticada por especialistas. Ele ainda defendeu "incêndios preventivos" e a aplicação em larga escala de retardantes químicos de fogo para melhorar o combate às queimadas, sem citar possíveis riscos de contaminação
Deutsche Welle, 13/10.
'Salles não é ministro de apenas 6% do Pantanal'; especialistas rebatem visão do ministro sobre o bioma
Ambientalistas ouvidos pelo G1 criticaram a postura do ministro e lembraram que o bioma é Patrimônio Nacional – e, portanto, responsabilidade do governo. Para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, a fala de Salles é uma tentativa de livrar do Ministério do Meio Ambiente a responsabilidade por proteger o Pantanal. “Salles é ministro do meio ambiente e, por isso, deveria ter preocupação com todos os biomas brasileiros, independentemente se esses biomas estão em 1 ou 3 estados, etc. Estamos falando de uma tragédia, a ambiental, que é da pasta dele. Ele não é ministro de 6% do Pantanal, é ministro do meio ambiente do Brasil, da natureza do país”, afirma Astrini
G1, 13/10, Natureza.
MP junto ao TCU pede suspensão do uso e da compra de retardante de fogo
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu nesta terça-feira (13) que o TCU suspenda o uso e a compra de retardantes químicos de queimadas que não tenham regulamentação de uso no Brasil. Na representação, Furtado também pede que o TCU apure a notícia, publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", de que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estaria adquirindo, em regime emergencial, 20 mil litros de retardante de fogo. Segundo o jornal, a compra está sendo feita sob orientação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Retardantes de fogo foram usados pelo governo para combater um incêndio que destruiu mais de 75 mil hectares de vegetação da Chapada dos Veadeiros
G1, 13/10, Economia.
CAATINGA
Caatinga está degradada mesmo em áreas preservadas, revela estudo
Novo estudo mostra que a Caatinga está severamente ameaçada pela atividade humana. Com mais de 27 milhões de moradores, é um dos biomas mais degradados do país. Pesquisadores denominam o fenômeno de “perturbação antrópica crônica”, usado como base para avaliar a degradação ambiental causada pela população humana, infraestrutura, pastoreio, extração de madeira e incêndios em 47.100 fragmentos remanescentes do bioma. A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro e abriga mais de 900 espécies de animais e plantas. Apesar da riqueza biológica, é um dos biomas menos estudados do planeta
Mongabay, 13/10.

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