As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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01/07/2020 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Nos quilombos, coronavírus mata um por dia
Conhecida pelo sorriso largo, dona Uia faleceu no último dia 10 de junho, em Búzios, a 170 km da capital fluminense. Além de dona Uia, outros 118 quilombolas já morreram vítimas da pandemia de Covid-19 no país, segundo levantamento da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) — instituição que Uia ajudou a fundar. Em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), a Conaq é quem tem acompanhado o avanço da Covid-19 nos quilombos de todo o país, já que não há um registro nacional da situação epidemiológica da doença entre a população remanescente
A Pública, 30/06.
Após mobilização de mães Yanomami por corpos de bebês mortos por covid, agentes do Governo vão à aldeia
Indígenas de Roraima recebem força tarefa do Ministério da Saúde e Exército em busca de solução sobre filhos sepultados fora da aldeia. Mães ficaram quase um mês sem saber onde eles estavam. O caso repercutiu, e na última sexta-feira (26) a hashtag #criançasYanomami ficou por horas entre os assuntos mais comentados do Twitter, onde usuários cobravam que o Estado brasileiro as localizasse. Após a pressão, uma força tarefa do Governo foi destacada para o local. Entre eles, funcionários da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) para dialogar com os indígenas em busca de uma solução
El País, 30/06.
Força-tarefa é montada para fazer exames de Covid-19 em aldeias da Ilha do Bananal
Mais de 80 indígenas de aldeias da região tiveram diagnóstico positivo para coronavírus nos últimos dias. Uma das aldeias Javaé teve 40 casos confirmados
G1/TO, 30/06.
Emergência Indígena: lideranças, parlamentares e organizações lançam plano de ação para impedir avanço da Covid-19 e pressionar governo
Devido ao descaso do governo, que não toma medidas para conter o avanço da pandemia entre os indígenas, nem as invasões em seus territórios, que se traduz como um genocídio declarado, a Apib – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, em parceria com parlamentares de partidos diversos, que compõem a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Povos Indígenas, lançou o Plano de Enfrentamento à Covid-19 ou Emergência Indígena. Por Mônica Nunes
Conexão Planeta, 1º/07.
MPF quer impedir grilagem de terras indígenas no Amazonas
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para suspender os efeitos da Instrução Normativa (IN) nº 9/2020 da Fundação Nacional do Índio (Funai) no Amazonas e garantir a manutenção ou inclusão de todas as terras indígenas do estado no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) e no Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), mesmo que os processos de demarcação das áreas ainda não estejam concluídos
MPF, 30/06.
TRF1 suspende norma da Funai que afrouxa proteção de terras indígenas em Marabá, Pará
Nessa terça-feira (30), em atendimento a pedido do Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal Federal da 1ª Região (TRF1) determinou a suspensão imediata dos efeitos da Instrução Normativa (IN) nº 09 da Fundação Nacional do Índio (Funai) nos municípios sob jurisdição da Subseção Judiciária de Marabá. Para o MPF, a medida além de ser inconstitucional, inconvencional e ilegal, poderia acirrar conflitos fundiários e a grilagem de terras em todo o país
MPF, 1º/07.
ONG denuncia envolvimento do grupo francês Casino no desmatamento da Amazônia
O site do jornal Le Monde publicou uma reportagem nesta terça-feira (30) que aponta envolvimento do grupo Casino no desmatamento da Amazônia. O jornal ressalta que este "ecossistema único" tem sido sacrificado em prol de diversos interesses, inclusive de varejistas franceses. O grupo Casino tem redes de supermercados no Brasil e na Colômbia. A denúncia é feita pela ONG francesa Envol Vert, em um relatório publicado nesta terça-feira (30), depois de um ano de investigações realizadas por jornalistas e pesquisadores do coletivo Repórter Brasil na Amazônia. Segundo o documento, o Casino não controla suficientemente a origem da carne de gado que comercializa em seus supermercados
RFI, 30/06.
Mais de 60 ONGs denunciam governo Bolsonaro na ONU por violações de direitos humanos na pandemia
As críticas à atuação do governo Bolsonaro na área de direitos humanos não param de chegar à ONU. Desta vez, 66 organizações brasileiras de diferentes áreas se juntaram, criando uma declaração escrita conjunta a respeito da situação dos direitos no Brasil. De acordo com o documento - já entregue ao Alto Comissariado da ONU, as novas ações do governo agravam o risco das populações vulneráveis à Covid-19. Assinam a denúncia organizações como Instituto Vladimir Herzog, Educafro, Grupo Tortura Nunca Mais – Bahia, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), Justiça Global e Conectas Direitos Humanos
RFI, 1º./07.
Brasil se tornou pária internacional, sem aliados nem simpatias
Nada ilustra tão claramente a perda de soft power pelo Brasil quanto a resistência crescente na Europa contra o acordo de livre-comércio Mercosul-União Europeia e o desmatamento da Amazônia. Três parlamentos nacionais europeus votaram contra a ratificação. Centenas de ONGs protestam contra a cooperação com a América do Sul, sobretudo por causa do Brasil. Bancos, fundos e empresas querem retirar seus investimentos se os incêndios na região amazônica não diminuírem. Em poucos anos, perdeu-se praticamente tudo o que o país conquistou desde a transição para a democracia, e levará décadas até se compensar essa perda de confiança
Deutsche Welle, 1º/07.
Polo Sul tem aquecimento recorde
O último lugar da Terra que os cientistas julgavam intocado pelo aquecimento global também está esquentando. E rápido. Um grupo internacional de pesquisadores noticiou nesta segunda-feira (29) que o polo Sul esquentou três vezes mais rápido do que o resto do mundo nos últimos 30 anos
Observatório do Clima, 29/06.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Quilombolas na foz do São Francisco (AL) sofrem com hidrelétricas e mudanças climáticas
Antes uma comunidade próspera, Pixaim enfrenta há décadas os impactos das usinas situadas rio acima, que reduzem a vazão das águas e alteram a ecologia aquática do local. Um dos efeitos foi o avanço do mar sobre o rio, que aumentou a salinidade das águas, arruinando as lavouras de arroz e espantando os peixes. A pesca está em declínio na comunidade, assim como o número de moradores. Mudanças climáticas devem agravar o quadro nos próximos anos. Secas recentes causaram longos períodos de escassez de água e variações na vazão do rio
Mongabay, 30/06.
AMAZÔNIA
Amazônia vive a dupla ameaça da Covid-19 e das queimadas
Especialistas em saúde pública e em queimadas nas florestas tropicais alertam: a Amazônia corre o risco de enfrentar duas calamidades simultaneamente nos próximos meses - a temporada do fogo e uma segunda onda da Covid-19
Amazônia Real, 30/06.

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