As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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24/11/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
"É uma gente que derruba tudo para pegar madeira, colocar boi e porteira", diz sobrevivente Piripkura
Rita é uma das últimas remanescentes conhecidas de um povo indígena originário da floresta amazônica. Seu sobrinho e irmão vivem isolados, cercados por invasores. Dados obtidos pelo sistema de monitoramento independente (Sirad-I) do Instituto Socioambiental (ISA), identificou que de agosto de 2020 até o momento foram desmatados 2.361 hectares no interior da Terra Indígena Piripkura. Somente em março deste ano, foram detectados pelo Sirad-I 518,8 hectares de floresta primária devastada no território. Entre 2020 e 2021, a TI perdeu o equivalente a 2.804 estádios de futebol ou 1,7 milhões de árvores. Entre as terras onde vivem povos isolados, Piripkura foi a mais afetada por desmatamentos ilegais em 2020, conforme relatório técnico produzido pela OPAN e ISA
OPAN, 24/11.
Gastos do governo com saúde indígena diminuíram ou ficaram estagnados
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) registrou uma queda drástica nos recursos pagos desde o início do governo Jair Bolsonaro. A redução se intensificou ainda mais durante a pandemia da Covid-19. Em 2018, foi destinado R$ 1,1 milhão para a secretaria, que passou para 494 mil no ano seguinte, R$ 200 mil no ano passado e R$ 300 mil este ano. Uma das principais ações da Saúde Indígena, a "promoção, proteção e recuperação da saúde indígena" apresenta uma queda mais discreta. Em 2018, antes do governo Bolsonaro, foi executado R$ 1,6 bilhão para a área, que caiu para cerca de R$ 1,4 bilhão em 2019 e depois estabilizou aproximadamente na mesma quantia em 2020 e 2021
Yahoo.com, 24/11.;O Globo, 24/11,Brasil.
Mourão diz que faltou integração entre militares e órgãos ambientais contra desmatamento na Amazônia
O vice-presidente Hamilton Mourão admitiu, nesta terça-feira (23), que faltou integração entre militares e órgãos ambientais nas ações contra o desmatamento na Amazônia. E se disse culpado por isso. Foi a última reunião do ano do Conselho Nacional da Amazônia Legal, que reúne 14 ministérios sob o comando do vice-presidente Hamilton Mourão. Na pauta, o desmatamento na Amazônia, que aumentou 22% de agosto de 2020 a julho deste ano, apesar das operações com apoio das Forças Armadas na região
g1, 23/11, Jornal Nacional.
Governo de Rondônia confirma presença de atirador em helicóptero, contra camponeses
Cinco acampados morreram por disparos aéreos desde agosto; Ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública enviou denúncias de violações a direitos humanos às Polícias Civil e Militar; PMs são acusados de restringir acesso a alimentos, destruir casas e coagir crianças
De Olho nos Ruralistas, 23/11.
Desmatamento, fogo e trabalho escravo: a realidade por trás do hambúrguer vendido nas principais redes de fast food
McDonald’s, Bob’s, Burger King e Subway anunciam políticas rigorosas para monitorar a origem da carne. Mas seus fornecedores foram, repetidas vezes, flagrados mantendo negócios com pecuaristas responsabilizados por crimes na Amazônia e no Pantanal. Por Isabel Harari
Repórter Brasil, 23/11.
Projeto de lei quer acabar com porte de arma de fiscais do Ibama
Fiscais do Ibama que atuam diretamente em campo correm o risco de perderem o direito de portarem armas de fogo, um direito que hoje está previsto em lei. Projeto de lei previsto para ser apreciado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado nesta quarta-feira, 24, prevê que esse direito seja revogado. O projeto de lei 333/2020, do senador Telmário Mota (PROS/RR), se apoia no argumento de que o direito dos agentes do Ibama de portarem armas estaria baseado hoje apenas em um artigo da Lei de Proteção à Fauna (Lei 5.197, de 3 de janeiro de 1967), mas que a atuação armada não ficaria limitada apenas a operações que tenham essa finalidade
Terra, 23/11.;OESP, 23/11, Sustentabilidade.
Criação de búfalos ameaça Terras Indígenas no Amazonas
O desmatamento está aumentando em Autazes, município do estado do Amazonas, segundo dados de satélite e fontes locais. Lideranças indígenas afirmam que a perda de floresta está atingindo as 18 Terras Indígenas espalhadas pelo município, algumas das quais ainda esperam pela conclusão do processo de demarcação. A maior parte das terras desmatadas foi transformada em pastos para rebanhos de búfalos, que se adaptam bem às várzeas características da região. Membros das comunidades indígenas dizem que, além de desmatar a floresta para formar pastagens, a criação de búfalos polui as fontes de água e os animais invadem suas lavouras de subsistência
Mongabay, 22/11.
Destruindo tudo para prosperar: Cargill já opera há 1 ano sem licença em Santarém
Porto às margens do Rio Tapajós segue em funcionamento sem apresentar medidas de reparação para as comunidades tradicionais locais
Terra de Direitos, 22/11.
'Lá embaixo estão fazendo 1 grama de ouro por hora', diz garimpeiro sobre 'invasão' do Rio Madeira
Centenas de balsas de garimpo ilegal avançam há dois dias pelas águas do Rio Madeira, dentro do Estado do Amazonas, em busca de ouro. As movimentações de balsas enfileiradas foram confirmadas na região dos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte. As informações preliminares são de que há cerca de 640 balsas numa região do rio localizada a cerca de 120 quilômetros de Manaus, nesta terça-feira, 23. A corrida dos garimpeiros deve-se à notícia de que, na região, teriam encontrado uma grande quantidade do minério. Em um áudio obtido pela reportagem, um garimpeiro afirma que "lá embaixo estão fazendo 1 grama de ouro por hora"
Terra, 23/11.;OESP, 23/11, Brasil.
Como uma milícia rural aterrorizou os sem-terra no Pará
Onze trabalhadores rurais foram sequestrados e torturados por homens encapuzados e com os rostos pintados em Nova Ipixuna; ameaças continuam
Amazônia Real, 23/11.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
PF intima lideranças quilombolas após pressão do Incra contra servidoras
A Polícia Federal intimou pelo menos cinco lideranças quilombolas em Sergipe para que prestem depoimentos em Aracaju (SE) a partir desta semana. A ação da polícia causa apreensão, insegurança e indignação, disseram lideranças quilombolas. As intimações ocorrem depois que o superintendente regional do Incra, Victor Alexandre Sande Santos, um advogado de fora dos quadros do órgão e que foi nomeado no cargo duas vezes pelo governo Bolsonaro, peticionou à PF para pedir investigação contra três servidoras do próprio Incra que liberaram ou concordaram com a liberação de créditos para mais de 2 mil famílias em territórios quilombolas que vivem em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. Por Rubens Valente
UOL, 24/11.

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