As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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19/11/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Guardiãs da terra
Quilombolas do Vale do Ribeira (SP) mantêm tradição diaspórica de luta, ocupando espaços de poder e renovando a força do matriarcado africano
Criança Yanomami de 3 anos com malária e pneumonia morre sem atendimento em comunidade, diz Conselho de Saúde
Uma criança indígena de 3 anos morreu nessa quarta-feira (17) com sintomas de pneumonia e malária na comunidade Xaruna, na Terra Indígena Yanomami. O menino estava em estado grave e teve o atendimento médico negligenciado, afirma o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuanna (Condisi-YY). Xaruna é a mesma comunidade em que o Fantástico (TV Globo) e o g1 encontraram uma das piores situações dentro da Terra Yanomami, com dezenas de crianças desnutridas e com sintomas de malária. De acordo com o presidente do Condisi-YY, Júnior Hekurari Yanomami, o menino morreu por volta das 16h30 por não haver combustível suficiente para removê-lo da comunidade.
g1 RR, 18/11.
Dois meses após condenação, povo Krenak ainda não foi procurado para pedido de desculpas por tortura na ditadura
Justiça deu prazo de seis meses, a partir de consulta prévia com lideranças indígenas, para que União, Funai e governo de Minas reconhecessem as graves violações de direitos do povo. Eles foram condenados por campo de concentração durante a repressão
g1 MG, 18/11
Justiça determina pagamento de R$ 100 mil por danos morais coletivos a comunidade indígena acampada às margens da BR-463
A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal em Mato Grosso do Sul proferiu sentença condenando o Estado de MS, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) e o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) ao pagamento de R$ 100 mil a título de indenização por danos morais coletivos à comunidade indígena Tekoha Apika’y. A comunidade está acampada na localidade denominada Curral de Arame, às margens da rodovia BR-463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã (MS) .
MPF, 18/11
Terra indígena no Pará que teve agentes federais cercados é a mais desmatada do Brasil no último ano
Terra Apyterewa, dos parakanã, no Pará, foi a mais desmatada do Brasil entre agosto 2020 e julho 2021. Historicamente, somando toda a perda de floresta desde o início do monitoramento do Inpe, o território de Cachoeira Seca ainda é o mais afetado. O território é alvo de constantes invasões e de garimpo. Todas essas atividades são criminosas, já que a legislação determina a preservação integral destas áreas demarcadas
g1, 19/11, Meio Ambiente.
MPF recomenda paralisação de obras irregulares na Terra Indígena Alto Rio Guamá, no Pará
O Ministério Público Federal (MPF) enviou esta semana recomendações para interromper obras irregulares dentro da Terra Indígena Alto Rio Guamá, que beneficiam invasores do território dos indígenas Tembé, no nordeste do Pará. As obras são conduzidas por prefeituras da região e pela concessionária de energia elétrica Equatorial Energia, todas sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) ou da Funai
MPF, 18/11.
Povo Akroá Gamella, da TI Taquaritiua (MA), é atacado por policiais militares e jagunços
Na quarta-feira (17), o Povo Akroá Gamella, da Terra Indígena (TI) Taquaritiua, no Maranhão, foi surpreendido com a chegada hostil de funcionários de uma empresa de energia elétrica, acompanhados de jagunços – que se identificaram como policiais. Há anos, essa empresa tenta, sem qualquer consulta e respeito aos indígenas, instalar postes e linhões dentro da TI Taquaritiua, área que vive um moroso processo de demarcação pela Funai desde 2014
Cimi, 18/11.
Desmatamento bate novo recorde e mostra triunfo de projeto ecocida de Bolsonaro
Há 15 anos a floresta amazônica não assiste a uma destruição nesse patamar. Em 2006, o desmatamento, então em queda, foi de 14.286 quilômetros quadrados. “O resultado é fruto de um esforço persistente, planejado e contínuo de destruição das políticas de proteção ambiental no regime de Jair Bolsonaro. É o triunfo de um projeto cruel que leva a maior floresta tropical do mundo a desaparecer diante dos nossos olhos e torna o Brasil de Bolsonaro uma ameaça climática global”, disse Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. “Diferentemente da propaganda que o governo e seus aliados no agro e na indústria levaram à COP26, em Glasgow, o Brasil real é este, da terra arrasada, da violência contra populações tradicionais e do crime organizado agindo sem controle na Amazônia.”
Observatório do Clima, 18/11.
Documento indica que governo sabia da taxa do desmate desde antes da COP
Divulgada nesta quinta-feira (18), a taxa anual do desmatamento na Amazônia Legal é um desastre para o meio ambiente e para a imagem do governo de Jair Bolsonaro, pois indicou um aumento de 22% em relação à taxa do período anterior (2019-2020), que já representava um acréscimo de 9,5% em relação ao período 2018-2019. A data da nota técnica produzida pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sobre o assunto revela que o governo já sabia do número desde antes do início da COP26, a conferência dos líderes sobre a emergência climática, realizada neste ano em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro. Por Rubens Valente
UOL, 18/11.
Amazônia: desmatamento atinge maior área dos últimos 15 anos
Em mais um recorde, o Brasil registra o maior índice de desmatamento do País dos últimos 15 anos na chamada Amazônia Legal, que engloba o território de nove Estados. Nesta quinta-feira (18), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram desmatados 13.235 quilômetros quadrados de floresta na região. Esse volume é 21,97% maior que o registro no mesmo intervalo de 12 meses anterior, quando a área devastada chegou a 10.851 km². Os dados consolidados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélites (Prodes) são conhecidos como a informação técnica mais precisa sobre a medição de desmatamento no País
Terra, 18/11.;OESP, 18/11, Sustentabilidde.
Presidente da Funai acumula processos por omissão em demarcações de terras
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, é alvo de inquéritos na Justiça pelo descumprimento de determinações que o obrigava a dar continuação aos processos em andamento de demarcação de terras indígenas, algumas em fase final. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Xavier é a indicação que conseguiu se manter no cargo por mais tempo até o momento, mas tem a gestão marcada pela redução, quase a zero da delimitação de terras indígenas em um espaço de dois anos e quatro meses. Esse feito é inédito desde o fim da ditadura militar
Congresso em Foco, 18/11.
PF prende suspeitos e destrói máquinas em operação contra garimpo ilegal em áreas de torres de transmissão no Pará; Fotos
A operação Guaraci, deflagrada para combater mineração ilegal na área da linha de transmissão de energia elétrica vinda da Usina Belo Monte no Pará, apreendeu maquinários e prendeu em flagrante suspeitos que estavam nas áreas de extração irregular de ouro e manganês. O material apreendido, que inclui retroescavadeiras, motores e esteiras, foi destruído nos locais da apreensão. A Polícia Federal explodiu um dos motores usados na mineração
g1/PA, 18/11.
Aprovado projeto que modifica área da Floresta Nacional de Brasília
O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (18) o projeto de lei que exclui quatro mil hectares da Floresta Nacional de Brasília (Flona) para fins de regularização fundiária urbana e estabelecimento de nova modalidade de unidade de conservação. De autoria do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), o PL 4.379/2020 prevê a expansão aproximada de 3.753 hectares (na Área 1) da Flona de Brasília e a ampliação da Reserva Biológica da Contagem, que passa à categoria de parque nacional. A matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados
Agência Senado, 18/11.
Juristas querem ser ouvidos sobre tombamento do Encontro das Águas
O tombamento do Encontro das Águas, em Manaus, entra em um novo capítulo com a criação de um comitê formado por juristas, professores, arqueólogos e ambientalistas que sugere propostas de ações para assegurar a proteção integral da área, sem a construção de empreendimentos. É também a ação mais incisiva e derradeira para evitar a construção de um terminal portuário – o Porto das Lajes – nas proximidades do perímetro tombado, localizado na zona leste de Manaus. O Encontro das Águas (fenômeno hidrólogo dos rios Negro e Solimões) foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010, mas até hoje esse processo não foi homologado
Amazônia Real, 18/11.
Agronegócio banca palestras que espalham mito de que aquecimento global pelo homem é fraude
Uma sala repleta de estudantes de agronomia assiste a uma palestra sobre mudanças climáticas no Brasil. Estão em uma faculdade no Estado do Mato Grosso, maior produtor de soja do país, ouvindo falar um professor da Universidade de São Paulo. Mas o que escutam é o contrário do que acredita a esmagadora maioria da comunidade científica do mundo. Ali, a mensagem transmitida é de que não existe aquecimento global causado pelo homem. "Os objetivos [de quem fala em mudanças climáticas] são congelar os países em desenvolvimento. O Brasil é o principal foco dessas operações que envolvem meio ambiente e clima
BBC Brasil, 18/11.
Comunidade Yanomami enfrenta superlotação em centro de saúde indígena
A comunidade yanomami está enfrentando superlotação num centro de referência para a saúde indígena, em Roraima. A Casa de Apoio à Saúde Indígena, a Casai, que fica em Boa Vista, recebe indígenas com doenças consideradas leves e abriga aqueles que aguardam o retorno para a comunidade depois do tratamento médico. Segundo o Conselho de Saúde Indígena Yanomami, o local está superlotado. São 160 indígenas em tratamento e 195 com alta médica na fila de espera para voltar para casa
g1, 18/11, Jornal Nacional.
Berço dos rios Xingu e Tapajós, Serra do Cachimbo tem desmatamento ilegal para criação de pastos e turismo irregular
Desde 2005, quando a Serra do Cachimbo ganhou título de Reserva Biológica do governo federal, mais de 35 mil hectares de floresta na divisa entre Mato Grosso e Pará, já foram transformados em pasto. Além da exploração ilegal, os 342 mil hectares também sofrem com serviços turísticos irregulares. É na Serra do Cachimbo que estão localizadas as nascentes de rios das bacias do Xingu e Tapajós, por isso o local tem grande importância para manutenção do meio ambiente. Um estudo da Ong MapBiomas registrou 61 pontos de desmatamento dentro da reserva
g1, 18/11.

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