As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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21/10/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
CPI retirou presidente da Funai e secretário da lista de indiciados
Além da retirada da acusação contra o presidente Jair Bolsonaro de crime de genocídio contra os indígenas, a CPI da Covid excluiu os nomes do presidente da Funai, o delegado da Polícia Federal Marcelo Xavier, e do secretário especial de Saúde Indígena, o coronel da reserva do Exército Robson Santos da Silva, da lista de indiciados da Comissão Parlamentar de Inquérito. Assim, os nomes de Xavier e Silva não serão encaminhados ao Ministério Público Federal para possível início de uma investigação. Na prática, significa que a CPI não achou que eles cometeram algum crime ao longo da pandemia da Covid-19. O relatório final deverá ser lido nesta quarta-feira (20) em sessão da CPI, no Senado. Por Rubens Valente
UOL, 20/10.
Com receita de R$ 1,4 bi, maior exportadora de ouro do garimpo tem cadeia contaminada por metal ilegal
Uma busca simples na internet aponta rapidamente quais são as maiores exportadoras de soja, café, gado ou minério de ferro. Mas quando o assunto é ouro, há um estranho silêncio: presidentes de institutos do setor dizem desconhecer os exportadores; Receita Federal e Banco Central alegam sigilo fiscal. O mistério que ronda a exportação do metal é rompido por uma investigação exclusiva da Repórter Brasil, que lança luz sobre qual é a maior exportadora de ouro de garimpo do Brasil. E revela que parte do metal exportado pela empresa pode ter origem ilegal, muitas vezes extraído de forma clandestina de terras indígenas e florestas protegidas na Amazônia, com danos sociais e ambientais irreversíveis
Repórter Brasil, 21/10.
Amazônia perdeu área de floresta maior do que 4 mil campos de futebol por dia em setembro
O ritmo do desmatamento segue acelerado na Amazônia, que perdeu diariamente uma área de floresta maior do que 4 mil campos de futebol apenas em setembro. Em todo o mês, foram devastados 1.224 km², o que corresponde ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro e é a pior marca para setembro em 10 anos. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que monitora a floresta por meio de imagens de satélites. Esse foi o sexto mês de 2021 em que a Amazônia teve a maior área destruída na década: março, abril, maio, julho e agosto também registraram o pior desmatamento desde 2012. Com isso, o acumulado de janeiro a setembro deste ano chegou a 8.939 km², 39% a mais do que no mesmo período em 2020 e o pior índice em 10 anos
Imazon, 20/10.
MPF divulga nota sobre acontecimentos na terra indígena Serrinha (RS)
O Ministério Público Federal (MPF) divulga nota sobre acontecimentos na terra indígena Serrinha, no Rio Grande do Sul, que culminaram com duas mortes no último final de semana
MPF, 20/10.
Produtos químicos e desmatamento alteram água do Rio Amazonas
A composição química das águas do Rio Amazonas, o maior do mundo em volume de água, foi alterada por produtos químicos e outros impactos oriundos do desmatamento, da agropecuária, da mineração, da concentração humana em cidades e das represas de hidrelétricas. Como ele, também são vítimas da contaminação outros grandes cursos d’água, como Colorado e Mississipi (Estados Unidos), Congo (África), Reno (Europa), Amarelo e Yangtze (China) e Murray (Austrália). É o que revela o estudo de cientistas de universidades na China, Estados Unidos e Reino Unido, publicado na revista Nature Communications. A análise foi feita em cima de uma base de dados sobre a concentração e o fluxo de substâncias químicas nas águas de 149 rios no planeta ao longo de uma década. O resultado mostrou que os rios sofrem com fortes aumentos nas doses de sedimentos (68%), de cloreto (81%), de sódio (86%) e de sulfato (142%)
InfoAmazonia, 20/10.
Pesquisa mostra área plantada com soja no Brasil maior que a Itália
O Brasil já possui uma área de 36 milhões de hectares com plantação de soja de acordo com levantamento divulgado pela MapBiomas. Sozinho, esse cultivo já ocupa 4,3% do território nacional. Essa área é equivalente ao território da República do Congo e é superior a países como Itália, Vietnã e Malásia. Metade desse total está na região do Cerrado, onde a soja avançou sobre 16,8 milhões de hectares nos últimos 36 anos. O levantamento levou em conta o crescimento da área de agricultura entre 1985 e 2020. Segundo ele, a área mapeada com lavoura de soja e milho triplicou. Já culturas perenes, como café e citrus (laranja, limão e tangerina, entre outros), tiveram expansão de 2,7 vezes
UOL, 20/10.
"O Agro não é pop": estudo aponta que a fome é resultado do agronegócio
Dificilmente alguém não conhece as imagens coloridas e modernas da campanha "Agro é pop", transmitidas na rede Globo desde 2016 e que passam uma ideia do agronegócio como o motor do país: a "riqueza do Brasil". Em contraposição à narrativa que busca construir esse consenso, é publicado nessa quinta-feira (21) o estudo O Agro não é tech, o Agro não é pop e muito menos tudo, da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra) em parceria com a FES Brasil. Os autores Marco Antônio Mitidiero Júnior e Yamila Goldfarb demonstram que o agronegócio não só não traz alimentos para a população brasileira - que só vê aumentar o alarmante nível da fome
Brasil de Fato, 20/10.
Brasil continua a vender agrotóxico banido nos EUA e que pode diminuir QI de crianças
Em agosto deste ano, os Estados Unidos baniram o uso do inseticida clorpirifós depois que estudos apontaram problemas causados por este agrotóxico à saúde humana, entre eles a queda do QI de crianças. Em menos de um ano, o mesmo produto já havia sido banido pela União Europeia e Argentina. No Brasil, contudo, o produto segue entre os cinco mais utilizados, com mais de 10 mil toneladas vendidas em 2019, segundo dados do Ibama. O clorpirifós é um dos campeões, ainda, na detecção de quantidades irregulares nos testes feitos em supermercados e na água que abastece centenas de municípios
A Pública, 19/10.
Brumadinho: maior operação de buscas do país completa mil dias sem data para fim e sem responsabilização de culpados
O rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), completa mil dias nesta quinta-feira (21) sem previsão para que a maior operação de buscas do país chegue ao fim e sem que os responsáveis pelo desastre tenham sido punidos. Em quase 2 anos e 8 meses, 262 vítimas foram encontradas e identificadas. Mas oito famílias seguem vivendo, dia após dia, o sofrimento da espera pela localização dos corpos. Para essas pessoas, mesmo o calendário apontando o correr dos dias, o relógio parece ter parado às 12h28 da última sexta-feira do mês de janeiro de 2019, momento em que a estrutura da barragem B1 ruiu na mina do Córrego do Feijão
g1/MG, 21/10.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Tribunal estabelece o prazo de 90 dias para regularização de território quilombola em Patos de Minas (MG)
Atendendo a pedidos do Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu favoravelmente à Comunidade São Sebastião da Boassara, situada em Patos de Minas (MG), para estabelecer o prazo de 90 dias para a conclusão da regularização fundiária do território quilombola, procedimento que tramita no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde 2014. O Tribunal também manifestou-se em outra ação para garantir a reintegração de posse de imóvel aos quilombolas, até a conclusão da regularização do território. A decisão é do dia 13 de outubro
MPF, 20/10.

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