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21/07/2021
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'Cartas ao Morcego': livro revela a urgência de um novo mundo pós-covid |
Novo livro da bióloga Nurit Bensusan traz correspondências com o mamífero de asas que se tornou o bode expiatório da pandemia; lançamento acontece em live nesta quinta-feira (22/7) |
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Justiça censura reportagem sobre comércio ilegal de ouro publicada na Repórter Brasil |
Decisão liminar deu prazo de apenas 48 horas para excluir trechos da reportagem, antes mesmo de ouvir as partes envolvidas. O juiz Air Marin Junior, do 2º Juizado Cível de Boa Vista (RR), concedeu liminar determinando a retirada do ar de trechos da reportagem “‘Compro tudo’: ouro Yanomami é vendido livremente na rua do Ouro, em Boa Vista”, produzido pela Amazônia Real, em parceria com a Repórter Brasil, e publicada em 24 de junho deste ano em ambos os sites. Ele atendeu ao pedido de uma das citadas na matéria
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Repórter Brasil, 19/07. |
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Funai usa menos de 1% dos recursos de combate à covid-19 |
Os povos indígenas, um dos elos mais frágeis no enfrentamento da covid-19, encaram neste ano um desafio a mais na pandemia: a lentidão dos investimentos federais voltados a medidas de combate ao vírus. O primeiro semestre de 2021 foi marcado pela execução pífia dos recursos públicos reservados para esta finalidade. Os dados oficiais do governo mostram que, entre 1º de janeiro e 3º de junho, o governo disponibilizou, em valores corrigidos pela inflação, um total de R$ 41,048 milhões para a Fundação Nacional do Índio (Funai) aplicar em ações de “Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional Decorrente do Coronavírus”
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Terra, 21/07.;OESP, 20/07, Saúde. |
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Governo Bolsonaro entope aldeias indígenas com cloroquina |
O governo Bolsonaro entupiu aldeias da Amazônia com comprimidos de cloroquina 150 miligramas (mg). Desde que o Brasil confirmou o primeiro caso do novo coronavírus, em 26 de fevereiro de 2020, os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) da região receberam 622 mil comprimidos do medicamento enviados pelo Ministério da Saúde. O primeiro caso de Covid-19 entre indígenas foi confirmado pela Sesai no dia 1º de abril de 2020. Só o Dsei Yanomami, em Roraima, recebeu quantidade suficiente para oferecer 10 comprimidos por indígena, muito acima do necessário. Nos Dseis Rio Tapajós, no Pará, e Médio Rio Purus, no Amazonas, foram destinados 4,3 e 4,2 comprimidos por indígena, duas vezes mais do que a média distribuída para os 20 Dseis da região amazônica. Lideranças de Roraima devolveram para Sesai comprimidos entregues pelo Ministério da Saúde na Terra Indígena Yanomami
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Amazônia Real, 19/07. |
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Tragédia e resistência: a extraordinária vida de Karapiru |
No dia 16 de julho, Karapiru (“Gavião”) do povo indígena Awá morreu de covid-19 no Maranhão. Ele era um homem cujo carinho e gentileza extraordinários eram ainda mais notáveis considerando a indescritível tragédia que “nossa” sociedade havia infligido a ele
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El País, 19/07. |
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Indígenas brasileiros vivem seu pior momento na História recente |
Segundo o procurador, diversos governos foram negligentes com os povos originários, mas atualmente o Estado não só negligencia como vai contra os direitos já assegurados aos índios. Desde que o primeiro europeu, o dito homem branco, pisou nas terras brasileiras, os povos indígenas começaram a ser atacados. De lutas físicas, massacres até a contaminação em massa por vírus aos quais não se tinha resistência, a verdade é que a morte esteve sempre presente nessa relação entre índios e não índios no Brasil. Veio a Independência e depois pelo menos duas grandes fases de República, e nada parece ter mudado. Ou, o que é mais horrível ainda, piorou. Para o procurador do Ministério Público Federal Marco Antonio Delfino, não restam dúvidas: essa é a pior fase para os indígenas na história recente. Em entrevista concedida ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU
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IHU On-Line, 21/07. |
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Certificação de propriedades avança sobre terras indígenas no Maranhão, beneficiando empresas e fazendeiros |
No Maranhão, povos que aguardam há décadas a demarcação de suas terras tradicionais viram, nos últimos anos, a pressão de fazendeiros e empresários sobre seus territórios aumentar consideravelmente, facilitada por medidas do governo federal. Entre 2019 e o final de 2020, 83 propriedades privadas foram certificadas sobre terras indígenas no estado
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Cimi, 21/07. |
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Piripkura: Justiça Federal determina retirada de invasores de terra indígena em MT |
A Justiça Federal determinou a retirada dos invasores e desmatadores da Terra Indígena Piripkura, em Mato Grosso, e pediu apoio policial para a reintegração de posse da área, considerada a mais devastada entre os territórios com a presença de povos isolados. Ao menos nove fazendeiros e terceiros que atuam no desmate da área terão que retirar os gados das propriedades e estão proibidos de seguir com a derrubada de árvores na região com o objetivo de fazer pastos. Em nove meses, o território já perdeu mais de dois mil campos de futebol, como mostrou O Globo
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Yahoo.com, 19/07.;O Globo, 19/07, Brasil. |
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PF faz busca e apreensão contra maior grileiro de terras indígenas da Amazônia |
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 20, a Operação Sesmarias, com o objetivo de desvendar um esquema criminoso envolvendo a grilagem de terras públicas dentro da Terra Indígena Ituna-Itatá, localizada nos municípios de Altamira e Senador José Porfírio, no Pará. O Estadão apurou que um dos principais alvos da operação da PF foi Jassonio Costa Leite, empresário de Tocantins que mantém relações diretas com políticos em Brasília
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Terra, 20/07.;OESP, 20/07, Sustentabilidade. |
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PF: apuração que atinge Salles aponta uso de documentos falsos e 'lavagem' de produtos florestais |
Uma perícia realizada pela Polícia Federal reforça indícios do suposto esquema de exportação ilegal de madeira investigado na operação Akuanduba – que tem entre os alvos o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. A PF aponta a possibilidade de uso de documentos falsos pelo grupo. De acordo com os investigadores, os elementos indicam a ocorrência de uma "lavagem" de produtos florestais. Em outras palavras, uma tentativa de "legalizar" materiais extraídos de forma ilegal com a utilização de documentos expedidos oito meses após a exploração das áreas
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G1, 20/07, Política. |
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Área incendiada em Mato Grosso em 2021 já é quase cinco vezes o tamanho de São Paulo |
Com um cenário alarmante provido pelos números de focos calor no primeiro semestre, o estado de Mato Grosso já teve mais de 740 mil hectares de áreas atingidas por incêndios florestais neste ano. A área equivale a cerca de cinco vezes a do município de São Paulo. Do total, 76 mil hectares foram atingidos no período proibitivo do uso de fogo, iniciado no 1º de julho, e somam o equivalente a 10% de toda a área queimada. Os dados se referem ao período de janeiro ao dia 13 de julho e a estimativa é de análise do Instituto Centro de Vida (ICV) com base em dados da plataforma Global Fire Emission Database (GFED)/NASA (National Aeronautics and Space Administration)
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ICV, 20/07. |
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Após a construção do reservatório de Belo Monte, emissão de gases de efeito estufa triplicou no local |
A construção da hidrelétrica de Belo Monte em Altamira (PA) triplicou as emissões de gases de efeito estufa no local em que hoje se encontra o reservatório da usina. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista Science Advances por um grupo internacional de pesquisadores. Foram medidas as emissões em diferentes pontos da usina antes, durante e depois de sua construção. O estudo levou cerca de dez anos para ser concluído. “A justificativa para a construção de Belo Monte partia da premissa de que usinas hidrelétricas geram energia com baixas emissões e a um custo menor do que outras fontes renováveis. Hoje esse argumento está caindo por terra, como mostramos em nosso estudo”, diz Dailson Bertassoli Jr., pesquisador e coautor do estudo
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Agência Fapesp, 21/07. |
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Cresce em 69% o número de empresas que compram dos povos da floresta |
Esse é um dos resultados do relatório 2020 da rede Origens Brasil®, lançado em 28/06, com detalhes dos negócios que contribuem na conservação de 52 milhões de ha de floresta em pé. Conservar a floresta é um bom negócio mesmo durante a Pandemia do novo coronavírus que impôs distâncias físicas em função de uma crise sanitária global – e expôs povos indígenas e populações tradicionais a condições de vulnerabilidade ainda maiores. Apesar de também enfrentar a retração de grandes economias mundiais, os negócios com os povos da floresta mostraram-se resilientes e sustentáveis
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Envolverde, 19/07. |
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Tarcísio diz que leis estaduais tornam 'urgente' MP de novo regime de ferrovias |
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta terça-feira, 20, que o avanço do regime de autorização de ferrovias em leis estaduais torna mais urgente a necessidade de o governo editar uma Medida Provisória (MP) para liberar o modelo em âmbito federal. Ele afirmou que esse regime já vem sendo discutido pelo Congresso por dois anos, sem, no entanto, prosperar e virar lei. Novo modelo permite que as ferrovias sejam construídas sem um processo concorrencial, mas por meio do regime de autorização, dispensando a necessidade de licitação e concessão pública
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Terra, 20/07. |
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Ferrovia na Amazônia pode ser sustentável e questionamento é bobagem, diz ministro |
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta terça-feira (20) que a Ferrogrão –projeto de ferrovia capitaneado por gigantes do agronegócio para ligar o Mato Grosso a hidrovias da Amazônia– pode ser sustentável. Para ele, discussões sobe os impactos do empreendimento são uma bobagem e ativistas que se opõem à proposta não conhecem a região nem os estudos
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Yahoo.com, 20/07.;FSP, 20/07, Mercado. |
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Mato Grosso anuncia ferrovias de R$ 12 bilhões e joga pressão sobre Ferrogrão |
O governo do Mato Grosso anunciou nesta segunda-feira (19) chamada pública em busca de investidores para dois ramais ferroviários no estado, em um movimento que joga pressão sobre a Ferrogrão, um dos principais projetos de infraestrutura do governo Jair Bolsonaro
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Yahoo.com, 19/07.;FSP, 19/07, Mercado. |
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“A Amazônia está morrendo” e o Brasil é o principal culpado, diz cientista do Inpe |
Estudo liderado por Luciana Gatti, aponta que Amazônia já emite mais carbono do que é capaz de absorver; desmatamento e queimadas em nosso país são os principais vetores. “Podemos dizer com certeza que o Brasil é o pior país no cuidado com a Amazônia”. De 2010 a 2018, a equipe comandada por Gatti mediu os níveis de dióxido de carbono em quatro localidades da Amazônia e concluiu que as regiões com as maiores taxas de liberação do gás de efeito estufa, na parte leste do bioma, são as que mais sofreram desmatamento. A porção sudeste, que abrange o sul do Pará e o norte do Mato Grosso, é a mais afetada e está em situação de emergência. “Estamos perdendo a floresta amazônica nessa região”, alerta a cientista. Para frear o processo, Gatti defende a moratória do desmatamento e das queimadas por pelo menos cinco anos em toda a Amazônia, mas sobretudo na região sudeste, que precisa imediatamente também de projetos de recuperação florestal
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A Pública, 20/07. |
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O desenvolvimento da Pan-Amazônia não pode ser pautado só na economia |
O mundo inteiro vem discutindo propostas para salvar a Amazônia, mas o primeiro passo precisa ser uma mudança de narrativa em que o desenvolvimento não seja pautado apenas no crescimento econômico. “Ainda somos obrigados a justificar como fazer a conservação da floresta na perspectiva do que poderia ser um ganho econômico, sem que haja um espaço para abordar o valor que a floresta tem nas suas múltiplas dimensões”, destacou Adriana Ramos, assessora política e de direitos socioambientais do Instituto Socioambiental (ISA), durante participação em encontro do Amazoniar na última quinta-feira (15/07), que teve como tema “Uma Amazônia em 9 países: inúmeras culturas em um só bioma”
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IPAM, 20/07. |
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