As notícias mais relevantes desta terça-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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19/07/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta terça-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Obras de artistas Yanomami são exibidas em Xangai, na China
Mostra “Árvores”, exposta pela primeira vez em Paris, apresenta mais de 200 obras de quase 30 artistas internacionais, dentre eles Kalepi Sanöma, Joseca e Ehuana Yaira Yanomami
Apenas em junho de 2021, destruição da floresta atingiu 926 km², uma área quase três vezes maior do que a cidade de Fortaleza
A Amazônia perdeu em junho deste ano uma área de floresta de 926 km², território quase três vezes maior do que a cidade de Fortaleza, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Com isso, o desmatamento acumulado nos últimos 11 meses, de agosto de 2020 até junho de 2021, chegou a 8.381 km². Isso significa um aumento 51% em relação ao período de agosto de 2019 a junho de 2020, que somou 5.533 km² de devastação. Essa diferença aponta que o calendário de desmatamento na Amazônia deve fechar em alta em julho deste ano — para acompanhar o início do período de chuvas no bioma, a análise é feita de agosto de um ano até julho do ano seguinte. Pará e Amazonas lideram o ranking dos estados que mais desmataram em junho, somando 568 km² de área destruída, 61% do registrado em toda Amazônia Legal
Imazon, 19/07.
Multas pagas por crimes ambientais na Amazônia caem 93%
Os entraves à fiscalização ambiental da Amazônia na gestão Jair Bolsonaro alcançam não só quem monitora infrações no campo, como aqueles que estão nos gabinetes de órgãos federais, julgando esses processos. Em 2019 e 2020, a média de processos com multas pagas por crimes que envolvem a vegetação nos Estados da Amazônia Legal despencou 93% na comparação com a média dos quatro anos anteriores. A centralização de decisões e a burocratização de processos ajudam a explicar o mau desempenho. O dado faz parte de levantamento do Centro de Sensoriamento Remoto e do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os pesquisadores mostram que mudanças em regras internas do Ministério do Meio Ambiente e na legislação entre 2019 e 2020 dificultaram o trabalho de campo dos fiscais e o andamento interno de processos ligados à apuração de infrações ambientais, como desmate e extração de madeira irregulares
Terra, 19/07.;OESP, 19/07, Sustentabilidade.
Após impedir servidores de deixar aldeia no Acre, indígenas liberam rio e negociam reunião com a Funai
Após algumas horas de bloqueio no Rio Moa, onde proibiram a passagem de turistas saindo ou chegando na Serra do Divisor, no interior do Acre, os indígenas do Povo Nawas liberaram o acesso à comunidades por volta das 16h (horário local) deste domingo (18). A liberação ocorreu após negociação com a coordenação da Fundação Nacional do Índio (Funai). O bloqueio do rio foi feito como forma de protesto para cobrar celeridade no processo de demarcação das terras indígenas dos Nawas. Entre as pessoas retidas, havia 11 servidores públicos, entre funcionários do governo do estado e da prefeitura de Mâncio Limas
G1/AC, 18/07.
Governo Bolsonaro omitiu vulnerabilidade indígena na pandemia
A população indígena de contexto urbano é o grupo mais vulnerável no Brasil à infecção de Covid-19 e tem 2,25 vezes mais chances de contrair o vírus do que os brancos. Está à frente inclusive da população negra, que fica 1,49 vezes mais exposta ao risco. Os dados foram apontados no primeiro grande estudo brasileiro sobre a prevalência da doença por etnia e raça, o Epicovid, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Entre os entrevistados em 133 municípios brasileiros, 1.219 se declararam indígenas. Esta pesquisa chegou a ser contratada pelo Ministério da Saúde para orientar a política de combate à pandemia. Foi até divulgada em 2 de julho de 2020, em coletiva à imprensa, já sob a gestão do general Eduardo Pazuello. O Epicovid voltou à tona em 24 de junho deste ano com o depoimento na CPI da Covid do epidemiologista Pedro Hallal, coordenador do estudo. Diante dos senadores, Hallal confirmou que, em 2020, a apresentação de resultados do levantamento sofreu censura, minutos antes da divulgação. O governo federal vetou justamente um dos slides (lâmina da apresentação) do estudo que mostrava quais são os grupos mais vulneráveis na pandemia, entre eles o indígena em primeiro plano
Amazônia Real, 16/07.
​Máscaras enviadas a profissionais da Saúde indígena estavam vencidas desde 2004
Um lote de máscaras encaminhado aos profissionais que atuam nas aldeias indígenas de Aracruz, no norte do Estado, estava vencido desde 2004. Os equipamentos foram enviados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Governador Valadares (MG), do Ministério da Saúde, responsável pela área no Estado do Espírito Santo. Para servidores que estão na linha de frente do combate à pandemia do coronavírus, o episódio mostra o descaso com o Serviço de Saúde Indígena capixaba
Século Diário, 17/07.
Ativistas internacionais vêm ao Brasil protestar contra a Ferrogrão
Uma delegação internacional de ativistas e políticos de esquerda desembarca no Brasil no dia 15 de agosto para pressionar contra a construção da Ferrogrão, ferrovia que pretende ligar o Mato Grosso ao Pará para exportação sobretudo de soja e milho. O projeto é um dos mais ambiciosos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na área de infraestrutura e entrou definitivamente na mira de ambientalistas e lideranças de esquerda, ocupando um lugar que no passado já foi, por exemplo, da usina de Belo Monte. A comitiva é ligada à Internacional Progressista, entidade criada no ano passado pelo senador americano Bernie Sanders e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis, e que reúne políticos, ativistas e celebridades de diferentes países
Amazonas Atual, 19/07.;FSP, 19/07, Mercado.
Dia de Proteção das Florestas: relação de 'guardiões' com a natureza mantém preservação da Amazônia
Celebrado neste sábado (17) o Dia de Proteção às Florestas traz reflexões que deveriam ser diárias: como garantir a preservação dos nossos principais recursos naturais? Como alinhar desenvolvimento e cuidado com o meio ambiente? Perguntas que são respondidas por aqueles que vivem em meio à natureza, onde o impacto é mínimo ou zero e atuam como guardiões, mantendo o equilíbrio entre o que é aproveitado - e principalmente - reaproveitado o que advém dos nossos ecossistemas. O Amapá tem, segundo o governo, cerca de 95% dos seus ecossistemas naturais intactos e 72% do território fica dentro de Unidades de Conservação federais e estaduais (UCs) ou terras indígenas
G1/AP, 17/07.
Estados e municípios têm potencial para avançar na mitigação das mudanças climáticas, avaliam cientistas
Para enfrentar as mudanças climáticas, Estados e municípios têm planejado e implementado, em sua maior parte, medidas de adaptação. O objetivo é diminuir os impactos de eventos extremos, como secas e inundações, em suas populações e infraestruturas. A atuação desses governos subnacionais, contudo, tem potencial de ir além, avançando no campo da mitigação. Dessa forma, pode contribuir para seus respectivos países não só atingirem as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), como também para a retomada econômica pós-pandemia de Covid-19 baseada em modelos de desenvolvimento de baixo carbono. A avaliação foi feita por participantes do seminário on-line Ações subnacionais na implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira, realizado no dia 6 de julho
Agência Fapesp, 19/07.
A guerra dos mundos, a fratura colonial e a aspiração de uma convicção coletiva pela vida digna
A pandemia de Covid-19 pode ser compreendida como uma das evidências "da catástrofe do capitalismo extrativista". É a partir dessa leitura que Alana Moraes busca analisar não só a crise sanitária, mas também a conjuntura política e social da sociedade brasileira, que agora vive mais um capítulo sob a gestão do governo Bolsonaro. O agronegócio é o principal garantidor do governo Bolsonaro: “é o DNA do fascismo neocolonial e do capitalismo de asfixia e ‘pacificações’”, afirma a antropóloga. Em entrevista concedida ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU, Alana ressalta que o que está em jogo hoje no Brasil "é a expressão mais radical da Guerra de Mundos que estamos vivendo e muitos dos seus termos excedem a política moderna porque justamente revelam nossa fratura colonial
IHU On-Line, 19/07.
AMAZÔNIA
Novo estudo mostra como pandemia afetou economia de UCs no Amazonas
A pandemia agravou o cenário econômico já bastante desafiador em 13 Unidades de Conservação (UCs) nos municípios de Canutama, Humaitá, Lábrea e Manicoré, na região de abrangência da BR-319, no Amazonas. É o que mostra a Nota Técnica (NT) “A bioeconomia em Unidades de Conservação do Sul do Amazonas e o impacto da pandemia do novo coronavírus”, produzida pelo Observatório BR-319 (OBR-319). O Estudo realizado entre 2020 e 2021 fez levantamento de organizações de base comunitária em Unidades de Conservação em quatro municípios do Amazonas
Observatório da BR-319, 14/07.
PANTANAL
Pantanal vive nova seca, chamas já consomem o bioma e queimadas poderão superar as de 2020
Os incêndios já começaram este ano no Pantanal e têm potencial para causar estragos similares ou maiores aos do ano passado, quando o bioma sofreu a pior queimada em quase meio século. De acordo com a organização não governamental SOS Pantanal, o clima mais seco deste inverno, na comparação com 2020, garante as condições climáticas para o desastre ambiental. Se não houver ação humana para evitá-lo, irá acontecer. "A expectativa para esse ano é que os incêndios sejam fortes novamente porque está mais seco que no ano passado, quando tivemos a pior seca dos últimos 47 anos", afirma Gustavo Figueroa, biólogo da entidade. As imagens de animais carbonizados e áreas totalmente devastadas pelas chamas circularam o mundo e ajudaram a corroer ainda mais a imagem do Brasil, marcado pelo negacionismo ambiental do governo Jair Bolsonaro (sem partido)
Brasil de Fato, 18/07.

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