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22/04/2021
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Deputados de Rondônia retiram proteção de mais de 200 mil hectares de florestas públicas |
O ISA e outras organizações de Rondônia e do Brasil repudiam projeto de lei que reduz grandes extensões de duas Unidades de Conservação do Estado, liberando a área para invasores e grileiros |
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Cartas ao Biden |
Márcio Santilli analisa pressões e tensões que antecederam a Cúpula do Clima, convocada pelo presidente dos EUA para acontecer hoje e amanhã. Artigo publicado originalmente no site do Mídia Ninja (22/4/2021) |
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Lilo, o poeta das luzes |
O ISA lamenta profundamente o falecimento do fotojornalista Lilo Clareto, amigo e parceiro de trabalho, mais uma vítima do avanço descontrolado da pandemia da Covid-19 no Brasil. |
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São Gabriel da Cachoeira (AM), cidade mais indígena do Brasil, inaugura usina de oxigênio |
Estrutura é fruto de aliança entre lideranças indígenas e instituições parceiras dos povos do Rio Negro no enfrentamento à Covid-19 na região, severamente afetada pela pandemia |
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Às vésperas da Cúpula do Clima, postagem de Salles ridiculariza indígenas |
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ridicularizou, em uma postagem na rede social Instagram na manhã desta terça-feira (20), indígenas que utilizam telefones celulares. No "story" da conta do ministro, que é seguida por 344 mil perfis, foram divulgadas três fotos de indígenas utilizando ou carregando telefones celulares. A primeira imagem tem como texto: "Recebemos a visita da tribo do iPhone". As fotos têm círculos vermelhos para destacar os telefones nas mãos dos indígenas. Após a publicação da informação pela coluna, a única parlamentar indígena do Congresso, a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR), pediu espaço, em sessão virtual na Câmara dos Deputados no início da noite desta terça-feira (20), para repudiar a "chacota" do ministro. Por Rubens Valente
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UOL, 20/04. |
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Vandria Borari, indígena com celular citada por Salles, responde ao racismo do ministro |
Indígena Borari da aldeia de Alter do Chão, no município de Santarém, Vandria, avalia que, embora não surpreendam, as publicações do ministro denunciam seu “total despreparo para o cargo que ocupa”. “A utilização dos meios de comunicação e tecnologia é justamente o meio que temos para desarmar todas as mentiras e preconceitos que recaem sobre nós, povos indígenas, além de todos os crimes ambientais que esse governo pratica em nossas terras”, afirma a Borari de 38 anos. Para Vandria, existe uma necessidade crescente de contrapor o próprio uso que o governo faz das tecnologias de comunicação e das redes sociais: — Esse governo manipula os meios para colocar o povo contra o povo, então precisamos nos apropriar desses mecanismos para ter nosso direito constitucional de liberdade de expressão
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De Olho nos Ruralistas, 21/04. |
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Reinauguração da Casa do Saber da Foirn reforça importância do espaço para a luta e cultura indígenas do Rio Negro |
A cobertura da palha de caranã, os esteios de madeira, os grafismos, a engenharia indígena: esses são alguns dos elementos da Casa do Saber – Maloca da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), em São Gabriel da Cachoeira (AM), reinaugurada na segunda-feira, 19 de Abril, Dia dos Povos Indígenas, após ficar fechada desde setembro de 2020 para reformas. Presidente da Foirn, Marivelton Baré relembrou momentos importantes do movimento indígena, reforçando a importância da Casa do Saber como espaço dos povos tradicionais, sua luta e resistência, proteção e cultura.
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Foirn, 19/04. |
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Vacinas para quilombolas são desviadas no sudeste do Piauí |
Defensoria Pública aponta que 1.400 doses, que deveriam ir para comunidades no Território Quilombola Lagoas, não chegaram à população, prioritária no programa de imunização; pesquisador da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) vê negligência da Secretaria de Saúde. Há suspeitas de que pessoas que não vivem no território foram vacinadas. A Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi) informou que iria resolver o problema encaminhando as doses para as comunidades que ainda não foram imunizadas
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De Olho nos Ruralistas, 20/04. |
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Terra Indígena do Xingu completa 60 anos cercada pelo avanço do desmatamento |
A primeira grande área indígena reconhecida pelo governo brasileiro completa este mês 60 anos: o Parque do Xingu. São 2,8 milhões de hectares que abrigam 16 povos indígenas de diferentes idiomas. A demarcação foi feita na década de 60 no governo Jânio Quadros depois de uma longa campanha da qual participaram o antropólogo Darcy Ribeiro e os irmãos indigenistas Cláudio, Orlando e Leonardo Vilas Boas. O indigenista André Vilas Boas, que há 40 anos trabalha com povos do Xingu, diz que o Parque Nacional, hoje Terra Indígena, enfrentou resistência. Seis décadas depois da demarcação, uma ameaça tira o sono dos povos do Xingu, o desmatamento no entorno da terra indígena. Estudos mostram que a Bacia do Xingu já perdeu 32% da vegetação nativa. O Instituto Centro de Vida, uma ONG ambiental, fez uma animação com base nos dados do MapBiomas. Ela revela como desde 1984 o desmatamento avança em direção à terra indígena
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G1, Jornal Nacional, 21/04. |
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Destruição do Xingu avança com Bolsonaro |
A informação não fará parte das comunicações do governo brasileiro durante a reunião preparatória da conferência do Clima, convocada pelo presidente dos EUA Joe Biden para acontecer nesta quinta e sexta nos Estados Unidos. Não é boa credencial para quem quer captar dinheiro de fundos internacionais e fazer de conta que não trabalha para passar a boiada e o trator na floresta. Levantamento feito nos últimos três anos mostra que durante o governo Bolsonaro o desmatamento, a mineração ilegal, a grilagem de terras e os impactos de obras de infraestrutura estão atingindo mais intensamente os territórios indígenas e destruindo o chamado "escudo verde" do Xingu, que protege a Amazônia do processo de desertificação e sustenta o regime de chuvas. É um dos epicentros do desmatamento no Brasil. Por Mara Gama
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UOL/Ecoa, 22/04. |
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Grupo pró-garimpo rouba associação de mulheres indígenas no Pará e MPF pede reforço urgente na segurança |
O Ministério Público Federal (MPF) requisitou na terça-feira (20) à Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) e à Polícia Militar que providenciem reforço policial urgente em Jacareacanga, no sudoeste do estado. O pedido foi feito após grupo favorável à mineração em terras indígenas ter novamente atacado mulheres de associação indígena contrária ao crime. O novo ataque ocorreu no domingo, no porto do município. Garimpeiros e representantes de uma minoria indígena aliciada por garimpeiros roubaram mais de 830 litros de combustível e um motor de barco pertencentes à Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn. No fim de março, a sede da associação tinha sido destruída por representantes do mesmo grupo pró-garimpo
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MPF, 20/04. |
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PF deflagra operação para combater invasões de terras e ameaças a povos indígenas em RO |
Foi deflagrada nesta terça-feira (20) a operação "Caraíba" pela Polícia Federal. O objetivo foi localizar um suspeito de invadir terras da União, perturbar costumes e tradições culturais indígenas. Ação aconteceu no interior da TI Igarapé Lourdes, nas proximidades da aldeia do povo Gavião. As investigações começaram a partir de uma carta assinada por 21 indígenas e encaminhada à Polícia Federal. A TI faz parte do estado de Rondônia, mais precisamente na região de Ji-Paraná, banhado pelo rio Machado e próximo à divisa com o Mato Grosso. Segundo o Instituto Socioambiental (ISA) a área é habitada pelo povo Ikolen, indígenas isolados na Serra da Previdência e Karo
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G1/RO, 20/04. |
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ALE-RO aprova projeto de lei que altera limites de reserva extrativista e parque estadual |
A Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) aprovou na terça-feira (20) o Projeto de Lei Complementar (PLC 080) que altera os limites da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e do Parque Estadual de Guajará-Mirim. Em contrapartida propõe criar seis Unidades de Conservação. O projeto foi aprovado em duas votações realizadas no mesmo dia. Na prática, a aprovação é vista como uma "legalização" de pessoas que décadas atrás invadiram terras públicas. Ambientalistas explicam que o principal problema desse projeto é "premiar grileiros invasores de terras". Alteração afeta a Reserva Extrativista Jaci-Paraná que é a 2ª mais desmatada da Amazônia Legal, e o Parque Estadual de Guajará-Mirim, próximo da Terra Indígena Karipuna, 9ª desmatada do país
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G1/RO, 21/04. |
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Salles favorecia madeireiros de forma 'muito explícita', diz ex-chefe da PF |
Ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, o delegado Alexandre Saraiva reforçou as acusações feitas ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por suposta obstrução de investigação ambiental, advocacia administrativa e organização criminosa. Segundo Saraiva, Salles favoreceu madeireiros "de forma muito explícita", e denunciá-lo não era apenas uma opção, e sim obrigação. O delegado foi afastado do cargo no último dia 15, um dia após enviar a ação contra o ministro ao Supremo. A troca foi oficializada nesta terça (20) pelo governo federal, e a Superintendência da PF no Amazonas agora ficará sob o comando do delegado Leandro Almada da Costa
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UOL, 21/04. |
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Criador de galos e defensor de rinhas, Telmário Mota quer desarmar fiscais do Ibama |
Senador de Roraima foi, ao lado de Ricardo Salles, alvo de notícia-crime da PF por interferir em investigação contra madeireiros; ele já foi acusado de manter rinha de galos, comprar votos em comunidade indígena e desviar verbas para combate à pandemia
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De Olho nos Ruralistas, 20/04. |
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Por que política ambiental de Bolsonaro afasta ajuda financeira internacional? |
Pressionado globalmente a reduzir o desmatamento da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro adotou uma estratégia de contra-ataque para participar nesta quinta-feira (22/04) da Cúpula de Líderes sobre o clima: cobrar dos países ricos apoio financeiro para a preservação ambiental no Brasil. Para o governo brasileiro, as nações desenvolvidas, sendo as maiores responsáveis pela emissão de carbono e o aquecimento global, têm obrigação de contribuir com a proteção da floresta e a viabilização de iniciativas de desenvolvimento que gerem renda para a população da Amazônia. No entanto, após dois anos de gestão Bolsonaro, com avanço constante da destruição da floresta, os países ricos não estão dispostos a assinar um "cheque em branco" para o governo brasileiro. A exigência é que o Brasil mostre primeiro resultados concretos de redução do desmatamento, para, num segundo momento, se discutir apoio financeiro
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BBC Brasil, 21/04. |
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Ibama orienta fiscais usarem instrução que foi revogada por Salles |
O Ibama orientou seus servidores a desconsiderar, em alguns trechos, uma instrução normativa publicada no último dia 12 e a continuar usando a instrução anterior, de 2020, que, no entanto, foi revogada pelo mesmo ato conjunto assinado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e pelos presidentes do Ibama e do ICMBio. As orientações contraditórias expõem o estado de confusão e paralisia instalado no órgão depois que o governo alterou o sistema de aplicação de multas ambientais. Desde o dia 12, há a necessidade de uma "autoridade hierarquicamente superior" determinar a abertura de um processo sancionador contra infratores ambientais. Por Rubens Valente
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UOL, 21/04. |
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Interferência na PF, pandemia, 'passar a boiada': o que fez governo Bolsonaro em um ano desde reunião ministerial |
Há cerca de um ano, uma crise era desencadeada no governo Bolsonaro com a divulgação do vídeo de uma reunião interministerial que o ex-ministro Sergio Moro dizia ser a prova de interferência do presidente na Polícia Federal. Ficaram marcadas especialmente a fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que disse que era preciso aproveitar a pandemia para "passar a boiada" e a do então ministro da Educação, Abraham Weintraub, que disse que, por ele, "botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF". A BBC News Brasil fez um balanço dos acontecimentos em setores mencionados e mostra no que deram as falas e projetos revelados pelo vídeo
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BBC Brasil, 20/04. |
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Convidada por Biden, líder brasileira diz que desmonte de políticas indígenas piorou com Bolsonaro |
Convidada para participar da Cúpula de Líderes sobre o Clima, Sinéia do Vale, gestora ambiental do Conselho Indígena de Roraima, disse à Folha que o desmonte de políticas voltadas para as comunidades indígenas no Brasil piorou durante o governo Jair Bolsonaro. Ela, que será a única brasileira além do presidente a participar do evento internacional, queixa-se da redução de espaços de participação e de interlocução que os indígenas têm junto ao governo. "Enquanto comunidade, enquanto movimento indígena, nós não paramos. Continuamos fazendo o trabalho, nós estamos criando o espaço para que a gente possa ter nossa voz sempre em evidência", diz.
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Yahoo.com, 21/04.; FSP, 21/04, Mundo. |
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