As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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19/04/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Desmatamento no Xingu avança com governo Bolsonaro e põe em risco ‘escudo verde’ contra a desertificação da Amazônia
Monitoramento da Rede Xingu+ mostra que, entre 2018 e 2020, 513,5 mil hectares foram desmatados na bacia do Xingu, o equivalente a seis vezes a cidade de Nova York (EUA). Um dos epicentros foi faixa de floresta que mantém a umidade do bioma
Assista hoje: Debate com Davi Kopenawa, Ailton Krenak e Sônia Guajajara #AÚltimaFloresta
Para marcar o lançamento, nesta segunda-feira (19/04), às 19h30, o Instituto Socioambiental (ISA) transmite em seu canal no Youtube um bate-papo com Kopenawa e Bolognesi. A conversa também pode ser acompanhada pelas redes sociais do ISA no Facebook e Twitter, do Greenpeace Brasil (Twitter) e da Gullane (Facebook), produtora do filme. A conversa vai ter como ponto de partida o filme A Última Floresta, dirigido por Luiz Bolognesi, com co-produção do ISA e roteiro assinado pelo xamã Davi Kopenawa, reconhecido internacionalmente por levar a luta do povo Yanomami para o mundo. O longa denuncia o descaso com os povos indígenas ao longo dos séculos e mostra como a situação tem se agravado no governo Bolsonaro
O ‘povo da mercadoria’ precisa dizer sim a outras formas de existência
Como será o futuro de quem vive e guarda a floresta em pé por todos nós? Por que não aprendemos com eles caminhos de manejar a abundância da diversidade ao invés da escassez das monoculturas? Os povos indígenas e comunidades tradicionais deveriam ser nossa inspiração para o futuro. Leia o artigo de Jeferson Straatmann e Roberto Almeida, publicado originalmente no site do Sesc-SP
#AbrilIndígena: MPF aponta retrocessos na política indigenista do Estado brasileiro
A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR/MPF) divulgou nesta segunda-feira, 19 de abril, nota pública em que alerta para o atual cenário de retrocessos na política indigenista do Estado brasileiro e reafirma o compromisso institucional do órgão, que integra a estrutura da Procuradoria-Geral da República (PGR), com a defesa dos direitos dos povos indígenas. De acordo com o documento, “a omissão na concretização da demarcação de terras indígenas, a desestruturação da Fundação Nacional do Índio e a não adoção de políticas públicas em tempos de pandemia compõem um quadro de violações sem precedentes na atual ordem constitucional”
MPF, 19/04.
Especial 'Falas da Terra' conta a história de 21 indígenas de diversas regiões do Brasil
Caciques e pajés, mas também médicos, biólogos, youtubers e artistas. No especial "Falas da Terra", que vai ao ar nesta segunda-feira (19), na Globo, 21 indígenas de diferentes regiões do Brasil olham para câmera e contam a própria história. Ao contar a própria história, eles contam também uma outra história: a do Brasil. “O massacre dos povos indígenas não é uma história do passado, uma história de 1500. É uma história de hoje, uma história lamentável, o sangue que continua sendo derramado não é contado”, conta Fernanda Kaingang. Além dos indígenas que contaram suas histórias em frente às câmeras, havia muitos outros por trás delas
G1, 18/04, Fantástico.
MPF solicita ao DSEI Potiguara e à SES inclusão de tabajaras e indígenas não aldeados na vacinação prioritária contra a covid-19
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) e ao Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara (DSEI Potiguara) a vacinação contra a covid-19 para os indígenas tabajaras da aldeia Vitória e Nova Conquista, localizadas no litoral sul, e para os indígenas potiguaras não-aldeados que vivem nas cidades de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, no litoral norte do estado. As solicitações foram enviadas em 7 de abril, por meio de ofícios ao secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, e ao coordenador do DSEI Potiguara, o segundo-tenente do Exército Brasileiro Vilson Roberto Ortiz Grzechoczinski, e assinalam prazo legal de dez dias para envio das respostas
MPF, 18/04.
“A Última Floresta” é um olhar de urgência pela proteção dos Yanomami, diz diretor
As filmagens aconteceram em cinco de semanas de imersão na comunidade Watoriki, na região do rio Demini, localizada no município de Barcelos (norte do Amazonas), na Terra Indígena Yanomami, antes da pandemia do novo Coronavirus. A agência Amazônia Real entrevistou o diretor Luiz Bolognesi, que contou mais detalhes sobre o desenvolvimento do longa e que “A Última Floresta” traz poeticamente um olhar de urgência. Precisamos olhar para os Yanomami, não tem floresta preservada sem povos indígenas dentro dela. Por Luana Piotto
Amazônia Real, 18/04.
Nota Pública referente às trocas de comando na Polícia Federal
O anúncio da troca do responsável pela Polícia Federal no Amazonas, logo após o envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) de notícia-crime sobre a atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, representa uma clara interferência política. Este atentado contra a autonomia funcional da Polícia Federal (PF) evidencia uma represália contra agente público que desempenhava legitimamente sua função, levada a cabo pelo novo Ministro da Justiça e pelo novo Diretor Geral da Polícia Federal. O novo fato acontece quase um ano após a grave declaração feita pelo ex-ministro Sérgio Moro, que justificou sua saída do cargo indicando um ataque aos princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito e ao Sistema de Integridade Nacional.
Instituto Ethos, 16/04.
Justiça da Bahia contraria STF e determina reintegração de posse de área habitada por indígenas
A subseção da Justiça Federal em Itabuna, na Bahia, determinou a reintegração de posse de áreas da comunidade indígena Tupinambá da Serra do Padeiro, de acordo com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do estado. Contrária à decisão, a secretaria afirma que a reintegração está em desacordo com determinação do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu processos judiciais de reintegração de posse e de anulação de demarcações de terras indígenas até o fim da epidemia da Covid-19 ou até a conclusão do julgamento que trata do tema na Corte. Por Mônica Bergamo, jornalista e colunista
Yahho.com, 17/04.;FSP, 17/04.
A propaganda enganosa da "Nova Funai"
O general Augusto Heleno divulgou na sexta um vídeo que exalta a “Nova Funai”. A propaganda diz que a entidade ouve os povos indígenas e defende o meio ambiente. No mesmo dia, uma audiência promovida pela OAB empilhou críticas ao discurso chapa-branca. “A Funai foi tomada por setores do agronegócio que imprimem uma política totalmente contrária à defesa dos direitos dos povos indígenas”, afirmou o secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário, Antônio Eduardo Oliveira. A deputada Joenia Wapichana diz que a “Nova Funai” deixou de cumprir sua tarefa mais importante: a demarcação de terras indígenas. Ela também reclama da omissão diante do avanço do garimpo ilegal na Amazônia. “A situação é muito preocupante. E a Funai só atende o lado que está de acordo com as ideias do governo”, acusa. Por Bernardo Mello Franco
O Globo, 17/04.
Estudo liga montadoras europeias a desmatamento na Amazônia
Pela complexa rede de comércio internacional que usa produtos ilegais vindos da Amazônia, a indústria automotiva europeia provavelmente não passa ilesa. Assentos de couro dos veículos de montadoras como Volkswagen, BMW, Daimler, grupo PSA (Peugeot, Citroen, Opel) e Renault possivelmente carregam marcas de desmatamento ilegal, difíceis de serem rastreadas, denuncia um relatório publicado na sexta-feira (16/04) pela Rainforest Foundation Norway. Até virar estofado de veículos, o couro pode ter sido removido do gado criado numa área desmatada ilegalmente na Floresta Amazônica, aponta a fundação sediada em Oslo
Deutsche Welle, 16/04.
'Diminuir desmatamento requer vontade política, não financiamento', diz Noruega sobre pedido de US$ 1 bi de Salles para Amazônia
"A Noruega e outros países enfatizaram em conversas recentes com o Brasil que a comunidade internacional está preparada para aumentar o financiamento ao Brasil assim que o Brasil apresentar resultados na redução do desmatamento. Diminuir o desmatamento no curto prazo é uma questão de vontade política, não de falta de financiamento adiantado", diz o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Sveinung Rotevatn, do Partido Liberal, em nota enviada à BBC News Brasil. Até decidir suspender os repasses há dois anos, a Noruega era a principal doadora do Fundo Amazônia, lançado em 2008 como o maior projeto da história de cooperação internacional para a preservação da floresta amazônica. Segundo Rotevatn, a retomada do financiamento do fundo vai depender de o Brasil mostrar "resultados".
BBC Brasil, 16/04.
Após Bolsonaro prometer aos EUA zerar desmatamento ilegal, representante da Casa Branca cobra 'ações imediatas'
O enviado especial da Casa Branca para o Clima, John Kerry, disse na sexta-feira (16) que o compromisso apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro em eliminar o desmatamento ilegal até 2030 é "importante" e cobrou "ações e comprometimento" ao Brasil. "Esperamos ações imediatas e comprometimento com as populações indígenas e a sociedade civil para que esse anúncio possa entregar resultados tangíveis", escreveu Kerry no Twitter. O pedido de Kerry vai na linha da carta enviada por Bolsonaro ao presidente dos EUA, Joe Biden, em que o brasileiro afirmou que pretende escutar "entidades do terceiro setor", "indígenas" e "comunidades tradicionais" para combater o desmatamento sem medidas de "comando-e-controle", mas com "alternativas que reduzam o apelo das atividades ilegais".
G1, 16/04, Mundo.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Governo Bolsonaro titulou apenas 3 terras quilombolas, aponta relatório
Um levantamento realizado pelo projeto Achados e Pedidos concluiu que, durante os dois primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, apenas três territórios quilombolas foram titulados pelo Incra, vinculado ao Ministério da Agricultura. O projeto Achados e Pedidos é uma iniciativa da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e da Transparência Brasil em parceria com a Fiquem Sabendo, com financiamento da Fundação Ford. O número de titulações quilombolas é o mais baixo desde o início da série histórica. Nos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), foram titulados 15 territórios. Nos dois mandatos de Dilma Rousseff (2011-2016), foram 19 titulações. Em seus dois anos, o governo de Michel Temer (2016-2018) titulou oito territórios. Por Rubens Valente
UOL, 16/04.

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