As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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31/03/2021 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Contra a fome e a Covid-19, quilombolas põem comida na mesa da favela
Cooperativa do Vale do Ribeira (SP) forma aliança para manter geração de renda nas comunidades e aliviar o impacto da pandemia em famílias vulneráveis
Mais vacinação, menos 'fake news': vacina, parente!
Publicação para os povos indígenas do Rio Negro combate mentiras e reforça a importância da imunização contra a Covid-19; material tem versão em nheengatu, baniwa e tukano, além do português
'Vacina para todos, já!', cobram os 23 povos indígenas do Rio Negro
Documento enviado pela Foirn para os governos estadual e federal exige imunização imediata da população indígena no Noroeste Amazônico
31 de março - Não há nada a se comemorar
Mais uma vez a sociedade civil brasileira vem a público repudiar qualquer tentativa do governo federal de celebrar o golpe militar de 1964, evento que completa 57 anos hoje, 31 de março de 2021. Assim como nos anos anteriores, contrapomo-nos a mais esta tentativa do governo Bolsonaro de recontar a história brasileira, de esconder a destituição ilegal de um presidente democraticamente eleito, o assassinato por razões políticas de 434 pessoas, a tortura de 20 mil cidadãos, a perseguição e destituição de 4.841 representantes políticos eleitos em todo o país e a censura de estudantes, jornalistas, artistas e pensadores, frutos das mais de duas décadas do regime militar no poder. Celebrar a ditadura não vai apenas contra princípios democráticos e republicanos, mas também contra preceitos humanistas, feridos no regozijo público e institucional sobre as feridas físicas, mentais e emocionais das vítimas, diretas e indiretas, da ditadura
Pacto pela Democracia, 31/03.
Em reunião fora da agenda, Jair Bolsonaro incentiva lideranças a pressionar por mineração em terra indígena
“Não tenho mais tempo para perder com fofoca, estamos envolvendo presidente da República, querendo ajudar, ministros, eu tenho que escutar essas ladainhas sobre cooperativa? A paciência acabou. Querem ficar com ONG? Maravilha, fique com essas malditas ONG, só que lembre-se: estão dentro do Brasil. General Mourão, Exército, Polícia Federal, vai ir pra cima”, diz o madeireiro João Gesse em áudio vazado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e confirmado pela reportagem. A gravação se refere a uma reunião realizada em Brasília na última quarta, 24 de março, com a presença de Gesse, Jair Bolsonaro, Marcelo Xavier, presidente da Funai e uma comitiva de lideranças Kayapó do sul do Pará. O áudio de Gesse, um vídeo de Bolsonaro e entrevistas feitas, porém, mostram que Bolsonaro incentivou os indígenas a pressionarem por mineração e pelo agronegócio em suas terras. Por Maurício Angelo
Observatório da Mineração, 30/03.
MPF e mulheres Munduruku lançam campanha após garimpeiros ilegais atacarem sede de associação no Pará
O Ministério Público Federal (MPF) e as mulheres Munduruku lançaram nesta terça-feira (30) campanha de arrecadação de recursos após a sede de associação em Jacareacanga, no sudoeste do Pará, ter sido atacada por grupo favorável ao garimpo ilegal
MPF, 30/03.
Satélite flagra loteamento ilegal que ameaça terra indígena e revela como começa o desmatamento da Amazônia
Imagens registram a abertura de estradas para lotear área de preservação, onde derrubar a floresta é proibido por lei; lotes seriam usados para plantação de soja ou abertura de pasto. No município de Querência (MT), os indígenas Kĩsêdjê vivem, há pelo menos cinco anos, tentando escapar dos perigos do avanço do agronegócio. Mas agora o risco mora bem ao lado: uma fazenda, vizinha à Terra Indígena Wawi, que já foi embargada e multada por desmatamento ilegal no ano passado. E o proprietário da área, Roberto Zampieri, diz que assim que tiver autorização dos órgãos competentes vai seguir derrubando a mata nativa
Repórter Brasil, 30/03.
Um ano de pandemia: Indígenas do Acre vivem sob medo e tristeza
Desde o primeiro caso de coronavírus confirmado, o Acre já registrou 68.742 casos da doença. Nesta terça-feira (30), segundo o boletim diário divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), foram registrados 111 casos de coronavírus. Outros 999 exames aguardam resultado. Nas últimas 24 horas, 13 pessoas morreram em decorrência da Covid-19. Já são 1.253 mortes em 1 ano. Nas últimas semanas, a média de óbitos diários varia entre 10 e 12 pessoas. “O atual cenário pode piorar. Vivemos um momento dramático em que os números continuam crescendo, e o sistema assistencial já está fadigado”, explica o médico infectologista, Jenilson Leite, que atua na linha de frente do combate à Covid-19 em Rio Branco. “As pessoas que consomem oxigênio em casa já não estão tendo mais, hospitais particulares não estão mais aceitando pacientes por falta de oxigênio. Hospitais públicos estão superlotados, as pessoas estão passando horas na fila até chegar a um ponto com oxigênio”, completa
Amazônia Real, 30/03.
Biden inclui ataques de Bolsonaro contra imprensa em violações de direitos
Num sinal de que os direitos humanos estarão no centro da política externa do governo de Joe Biden, o informe anual produzido pelo Departamento de Estado norte-americano cita textualmente os ataques realizados por Jair Bolsonaro contra a imprensa ao descrever violações de direitos fundamentais no Brasil. O informe é produzido a cada ano e envolve uma avaliação de todos os governos do mundo. Na edição publicada nesta terça-feira, em Washington, o presidente brasileiro é citado. "A constituição e a lei estabelecem a liberdade de expressão, inclusive para a imprensa, mas o governo nem sempre respeitou este direito", aponta o informe, assinado pelo chefe da diplomacia de Biden, Antony Blinken. Por Jamil Chade
UOL, 30/03.
Tamanho das áreas desmatadas na Amazônia está 61% maior, revela estudo
Desde 2018, o desmatamento na Amazônia Legal apresenta uma tendência contínua e progressiva de crescimento. Somente em 2020, o Brasil perdeu 11.088 km² de floresta, de acordo com a estimativa do Prodes, sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Mas os números absolutos escondem uma mudança de padrão ainda mais preocupante: o tamanho das áreas desmatadas individualmente estão em média 61% maiores em 2019 e 2020, em comparação aos dez anos anteriores. Os dados são do levantamento realizado pelo pesquisador Ralph Trancoso, da Universidade de Queensland, na Austrália, que aponta ainda que pela primeira vez o número de grandes polígonos de desmatamento supera o de pequenos. O motivo por trás desse crescimento seria o enfraquecimento das políticas públicas de combate ao desmatamento e da fiscalização ambiental, alerta o engenheiro florestal responsável pela pesquisa
O Eco, 30/03.
Amazônia vacinou só um terço da população indígena, aponta estudo
A Amazônia abriga 60% por cento da população indígena do país, o que representa 490.777 pessoas, segundo o IBGE. Mas, segundo um levantamento da ONG Open Knowledge Brasil, só um terço dessa população já foi vacinada: 163.592 pessoas. A análise identificou também uma queda no ritmo da aplicação da vacina contra a Covid-19 nos indígenas. Os indígenas que vivem em aldeias estão na lista de prioridade para a vacinação porque o acesso deles ao sistema de saúde é mais difícil e isso coloca esse grupo em uma situação de vulnerabilidade
G1/AM, 30/03.
Quarenta deputados alemães pedem que Congresso brasileiro não flexibilize regras ambientais
Quarenta membros do Parlamento alemão (Bundestag) assinaram na sexta-feira (26/03) uma carta aberta endereçada aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo que eles não pautem para votação três projetos de lei que flexibilizam regras de proteção do meio ambiente e de comunidades tradicionais e indígenas. O texto menciona o projeto que autoriza a mineração em terras indígenas, o que flexibiliza as normas para regularização de terras e o que estabelece um novo marco legal do licenciamento ambiental
Deutsche Welle, 30/03.
Grupos aproveitam questão do desmatamento para protecionismo, diz secretário
O secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Roberto Fendt, admitiu que o Brasil tem "recursos escassos e muita dificuldade" em combater incêndios e garimpos ilegais e preservar a Amazônia. Em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fendt disse que tem dado esse recado a "pessoas bem intencionadas" que se opõem à ratificação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Ele ressaltou, porém, que há grupos que aproveitam a questão do desmatamento por interesses protecionistas. De acordo com o secretário, a expectativa do Mercosul é que o acordo com a União Europeia seja concluído neste ano. O entendimento ainda tem que ser ratificado pelo parlamento europeu e dos países sulamericanos
UOL, 30/03.
"É possível fazer mais", diz vice-embaixadora do Reino Unido sobre clima
Maior evento internacional do ano relacionado ao meio ambiente, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26) acontece em novembro em Glasgow, na Escócia. O objetivo é discutir o que tem sido feito para reverter o cenário desde o Acordo de Paris, firmado em 2015, na COP21. "Já é possível sentir o impacto negativo em nosso dia a dia, por isso é tão importante engajar as pessoas na luta climática", diz Liz Davidson, vice-embaixadora do Reino Unido, anfitrião do encontro. Em parceria com Ecoa, a embaixada lançou uma campanha digital com uma série de conteúdos descomplicados sobre o tema. "É hora de todo mundo se engajar para enfrentar o problema das mudanças climáticas. Entendemos que Ecoa é um canal que atinge muitas pessoas e vai ser uma oportunidade inédita de entregarmos nossas mensagens a uma grande parte da sociedade", diz
UOL/Ecoa, 30/03.
AMAZÔNIA
Grilagem e garimpo ilegal levam desmatamento e fogo para terras indígenas na Amazônia
A área registrada ilegalmente como propriedade rural particular dentro de terras indígenas da Amazônia cresceu 55% entre 2016 e 2020, mostra estudo inédito lançado pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). O número de Cadastros Ambientais Rurais (CAR), registros autodeclarados de imóvel rural, e que não podem ser feitos nesses territórios, aumentou 75% no mesmo período. Em 2019, o desmatamento nas áreas com CAR respondeu por 41% do que foi registrado nesta categoria fundiária. Ainda que em 2020 esse índice tenha caído para 23%, ele tem crescido ano após ano. “O que estamos vendo aqui é o avanço da grilagem em terras indígenas na Amazônia e suas consequências”, diz a pesquisadora Martha Fellows, autora principal do estudo
Eco Debate, 30/03.

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