As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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13/11/2020 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Causa indígena não pode ser partidária, afirma presidente da Associação Terra Indígena Xingu
Às vésperas das eleições municipais, Ianukula Kaiabi Suia pede comprometimento dos candidatos com a pauta indígena e respeito a governança do Território Indígena do Xingu (MT)
Comunidades quilombolas são atingidas pelo Apagão do Amapá
Fornecimento de energia elétrica por rodízio não chega aos quilombolas, que são apoiados por organizações na aquisição de comida e água; veja essa e outras notícias no Fique Sabendo.
Ideias para apressar o fim do mundo
Entramos numa “Era das Pandemias”? Leia o artigo da especialista em Biodiversidade do ISA Nurit Bensusan
Com estímulo de Bolsonaro, pedidos para minerar em terras indígenas batem recorde em 2020
Levantamento exclusivo revela 145 requerimentos protocolados na Agência Nacional de Mineração até 3 de novembro, o maior volume em 24 anos. Projeto de lei formulado por Bolsonaro em fevereiro legalizou atividade, atualmente vedada pela Constituição. Em setembro, o governo publicou o Programa Mineração e Desenvolvimento, que cita a meta de “promover a regulamentação da mineração em terra indígena”. Nem mesmo a pandemia de covid-19, que até o começo de novembro tinha matado 867 indígenas e contaminado mais de 38 mil, fez arrefecer esse apetite do setor minerador. Os requerimentos de mineração representam uma ameaça real a áreas protegidas, especialmente na Amazônia Legal, onde estão 98% das TIs já reconhecidas do Brasil. É em grande parte graças a esses territórios que a floresta segue em pé
Mongabay, 13/11.
Cacique Raoni recebe diploma de doutor honoris causa pela Unemat
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) entregou o diploma de doutor honoris causa ao cacique Raoni, líder indígena Mebêngôkre (Kayapó), nesta quarta-feira (11), em ato cerimonial realizado em Colíder (634 quilômetros de Cuiabá). A concessão foi aprovada pelo Conselho Universitário da Unemat (Consuni) em dezembro de 2019. A indicação é o reconhecimento por tudo que sua trajetória de luta pelos direitos dos povos indígenas e pela preservação da Amazônia representa para os povos originários do Brasil
Olhar Direto, 12/11.
Líderes guarani pedem a candidatos compromisso com Terras Indígenas de SP
"Somos cerca de 2.500 pessoas e vivemos em 17 aldeias localizadas nas zonas Noroeste e Sul da cidade. Nossas terras, Jaraguá e Tenondé Porã, já são demarcadas e contribuem para a preservação de grande parte das áreas verdes que circundam São Paulo. Mas proteger e recuperar um bioma que foi tão degradado como a Mata Atlântica da capital demanda apoio, por isso queremos que nosso trabalho seja reconhecido como um bem público da cidade. Iniciamos uma campanha pela aprovação, ainda em 2020, do Projeto de Lei 181/2016, batizado de PL do Cinturão Verde Guarani. Essa é uma luta antiga e precisamos saber: por que a atual gestão da Prefeitura até agora não se comprometeu a sancionar esse projeto tão importante para a cidade?" Por Jera Guarani e Tiago Kara, membros da Comissão Guarani Yvyrupa, especial para a coluna de Leonardo Sakamoto
UOL, 12/11.
Candidatos acumulam terras públicas e práticas violentas no campo
Políticos que vão às urnas no domingo informam ao TSE propriedades em áreas devolutas; lista inclui latifundiários e donos de várias fazendas. Alguns coincidem histórias de crimes ambientais e trabalho escravo
El País, 12/11.
Políticos avançam com terras e multas nos municípios que mais desmatam
Candidatos a prefeito dos 267 municípios que mais desmatam acumulam terras, gado e conflitos na Amazônia; prefeitáveis de outros Estados também colecionam autuações na região e são acusados de crimes diversos em suas fazendas e madeireiras, inclusive em terras públicas
El País, 12/11.
Bolsonaro ameaça demitir quem propuser expropriação de terras como pena por crimes ambientais
Uma proposta do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi duramente criticada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (12). A ideia em estudo envolve a expropriação de áreas com desmatamento e queimadas ilegais. A proposta consta em um documento do Conselho da Amazônia enviado para diversos ministros do governo, com o objetivo de informar sobre a programação do órgão. Os papéis listam ações estratégicas prioritárias para a Amazônia, como o combate a queimadas e o fortalecimento de órgãos de repressão a crimes ambientais. Uma das medidas sugeridas é "expropriar propriedades rurais e urbanas acometidas de crimes ambientais ou decorrentes de grilagem ou de exploração de terra pública sem autorização"
G1, 12/11, Política.
Países que criticam desmatamento no Brasil são receptadores de madeira irregular, acusa Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro acusou, nesta quinta-feira, países europeus que criticam o Brasil pelo desmatamento da floresta amazônica de serem receptadores de madeira irregular, e disse que irá colocar um ponto final na questão. “Países que nos criticam são, na verdade, receptadores”, afirmou Bolsonaro em transmissão pelas redes sociais, numa referência a uma prática criminosa de adquirir algo, em proveito próprio ou alheio, ciente que é produto de um delito. Bolsonaro disse que é possível verificar essa informação a partir da apuração do DNA das madeiras feita pela Polícia Federal para descoberta da procedência. Na transmissão, o presidente afirmou que os países vão ter que se conscientizar e colaborar com o Brasil, dizendo que eles têm de ajudar a não desmatar o Brasil
Reuters, 12/11.
Número de candidatos que se declaram indígenas cresce 29% em quatro anos
O número de candidatos que se declaram indígenas cresceu 29% nos últimos quatro anos, segundo levantamento do G1 feito com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eram 1.715 na última eleição, em 2016; agora, são 2.215. Os indígenas respondem por 0,40% do total de candidatos, mesmo percentual observado na população brasileira, segundo o último Censo do IBGE
G1, 11/11, Política.
PGR vai apurar ida de agentes da Abin a evento da ONU sobre clima
O procurador-geral da República, Augusto Aras, instaurou uma apuração preliminar sobre o envio de oficiais da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para monitorar a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP 25), realizada no ano passado, na Espanha. Aras determinou a abertura de uma "notícia de fato", o primeiro passo após a chegada de uma denúncia ao Ministério Público. O Estadão revelou que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) despachou quatro agentes de Inteligência na delegação credenciada para a cúpula do clima em Madri. Eles monitoraram integrantes da própria delegação, de organizações não governamentais (ONGs) e de países estrangeiros. Credenciados no evento como "negociadores", os agentes tiveram amplo acesso às instalações da ONU e observaram e relataram críticas a políticas ambientais do governo Bolsonaro
UOL, 13/11.; OESP, 12/11, Política.
Análise: Por que Biden pode fazer história no combate às mudanças climáticas
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, assumirá a Casa Branca com a promessa de trazer o país "de volta ao jogo" das lideranças mundiais e colocou o combate às mudanças climáticas no foco da sua futura gestão. Mas, para além dos discursos, dá para esperar milagres em um tema em que os Estados Unidos sempre atuaram na defensiva? Para o biólogo Carlos Rittl, pesquisador visitante do Instituto de Estudos Avançados em Sustentabilidade de Potsdam, na Alemanha, a resposta é sim. Biden se comprometeu não apenas em reverter a decisão de Donald Trump de retirar o país do Acordo de Paris sobre o Clima, como pretende "ir muito além"
UOL, 12/11.
AMAZÔNIA
Amazônia e sua biodiversidade sofrem com a falta de proteção de florestas públicas no Pará
Áreas não destinadas no entorno da BR-163 estão na mira de grandes grileiros e desmatadores, colocando em risco espécies recém documentadas pela ciência. Uma investigação do Greenpeace Brasil revela os problemas relacionados à não destinação de terras para uso de interesse coletivo, com foco no trecho da BR-163 que atravessa o estado do Pará, onde encontramos indícios de um novo esquema organizado de grilagem de terras públicas na região. O clima favorável ao crime, alimentado pela falta de governança da gestão Bolsonaro e a pressão para a incorporação de mais terras públicas ao mercado, com a possibilidade de novas titulações à grileiros, fez o desmatamento disparar na região, contribuindo negativamente para a crise do clima, da biodiversidade e com a imagem do país
Greenpeace, 12/11.
Iniciativa remunera produtor rural que mantém a floresta em pé
Estabelecer um valor econômico para o serviço de conservação da vegetação nativa e criar uma nova opção de renda para o produtor rural é a aposta do Conserv, mecanismo privado lançado em outubro pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), em parceria com o Environmental Defense Fund (EDF) e com o Woodwell Climate Research Center (WCRI). O Conserv paga produtores da Amazônia Legal que preservam área de vegetação nativa maior do que a exigida por lei. A Amazônia Legal tem mais de 20 milhões de hectares de floresta que ainda podem ser desmatados legalmente
Mongabay, 12/11.
"Combinação de queimadas e covid gera competição por leitos na Amazônia"
A associação de queimadas e covid-19 deve agravar, ainda mais, o impacto da pandemia em hospitais já sobrecarregados da Amazônia Legal e do Pantanal. Isso pode acontecer porque a queima de biomassa da floresta produz material particulado fino que, assim como o novo coronavírus, tem potencial para desencadear processos inflamatórios no organismo de pessoas expostas à fumaça. O aumento do número de internações pode chegar a 30% entre crianças que vivem em áreas afetadas pelo fogo. Pesquisador da Fiocruz, Christovam Barcellos detalha cenário de desassistência que maior parte dos municípios da região passa durante esta temporada de queimadas. Exposição à fumaça pode agravar casos de covid-19
Deutsche Welle, 12/11.

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