As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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31/07/2020 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Julgamento no STF, nesta segunda (3/8), pode decidir destino de indígenas na pandemia
Para movimento indígena, manutenção de liminar de Luís Roberto Barroso é fundamental para manter diálogo com governo e construir uma política eficaz
Quilombolas e caiçaras distribuem, em três meses, mais de 50 t de alimentos para famílias vulneráveis
Entregas para a merenda escolar, que sustentam a cadeia produtiva da roça no Vale do Ribeira (SP), continuam suspensas e sem previsão de retorno
Extrativistas da Terra do Meio distribuem 9,6 t de produtos da floresta a estudantes no PA
Prefeitura de Vitória do Xingu recebeu doação de castanhas-do-Pará, farinha do coco babaçu e misturas para bolo para alimentar os 4,5 mil alunos e seus familiares no município durante a pandemia
Vídeo #CasaFloresta | Da semente à floresta: caminhos para restauração da Mata Atlântica em SP
Da coleta de sementes ao plantio, a diversidade é a chave para colocar mais florestas de pé! Em São Paulo, quilombolas, técnicos, trabalhadores e proprietários rurais se juntam para restaurar a Mata Atlântica. Conheça suas histórias na live, disponível na íntegra no Youtube do ISA.
Vale e BHP Billiton são suspeitas de fraude com dinheiro devido às vítimas de Mariana
O esquema investigado serviria para garantir que as empresas, donas da Samarco, pudessem recolocar no próprio bolso parte dos bilhões de reais que se comprometeram a pagar como reparação do rompimento da barragem. Veja essa e outras notícias no Fique sabendo da semana
STF permite atuação do Cita e Terra de Direitos em ação pelos povos indígenas contra a Covid-19
Foi acolhido nesta quarta-feira (29) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido da ONG Terra de Direitos e do Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA) para atuarem como Amicus Curiae (Amigos da Corte) no processo que trata da urgência de adoção de medidas pelo governo para proteger os povos indígenas da covid-19. O pedido foi admitido pelo relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, ministro Luis Roberto Barroso
G1, 30/07, Santarém e Região.
Parecer Antidemarcação volta à pauta do STF no dia 13 de agosto
O julgamento da liminar que suspendeu o Parecer 001/2017 da Advocacia-Geral da União (AGU) retorna à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 13 de agosto. O plenário da Corte definirá se mantém ou não a suspensão, determinada pelo ministro Edson Fachin no dia 7 de maio. Fachin, relator do processo de Repercussão Geral sobre demarcação de terras indígenas no STF, atendeu a um pedido do povo Xokleng e de diversas organizações indígenas e indigenistas
Cimi, 30/07.
Rondônia soma 412 casos da Covid-19 entre indígenas e doença avança por 13 povos
O novo coronavírus já avançou por 13 povos indígenas de Rondônia, de acordo com dados mais recentes da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Até 27 de julho, a entidade contabiliza 11 mortes entre indígenas em decorrência do Sars-Cov-2 no estado. Ao todo, são 412 casos confirmados do vírus na região
G1/RO, 30/07.
Lideranças históricas na Raposa Serra do Sol estão entre as vítimas da Covid-19
Lideranças históricas da demarcação e homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, estão entre as vítimas da Covid-19. Dionito, Bernaldina José Pedro, Alvino Andrade da Silva e Luciano Peres, todos da etnia Macuxi, lutaram desde os anos 50 para que os povos tivessem reconhecidos seus direitos sobre o território. Em questão de dias, perderam suas vidas pela falta de proteção e apoio das autoridades no combate ao novo coronavírus
Amazônia Real, 30/07.
Covid-19: com 1.540 quilombolas infectados, Pará representa 40,5% dos casos confirmados em todo o país
Na atualização do boletim epidemiológico da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) desta quarta-feira, 29, o destaque é para o crescente número de casos confirmados entre quilombolas do Pará. O número chega a 1.540 pessoas confirmadas, o que representa 40,05% do total de casos monitorados em todo o país. O monitoramento da Conaq acontece de maneira autônoma em parceria com lideranças quilombolas de todo o país e os dados também ficam disponíveis na plataforma on-line quilombosemcovid19.org em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA)
Conaq, 29/07.
Povo Kokama troca hospitais por rituais com ayahuasca para curar indígenas do coronavírus
Primeiras vítimas indígenas confirmadas de covid-19, os Kokama da Amazônia acumulam até o momento mais de mil infectados. Desconfiados dos remédios “de branco” e queixando-se do preconceito sofrido nos hospitais, os pajés decidiram tratar os pacientes com suas próprias técnicas de cura ancestrais. O ritual da ayahuasca é considerado pelos Kokama como a mais “poderosa cura”, e se trata de um momento de experiência, de descoberta, de visões e de aprendizagem dos costumes. Nas últimas seis semanas, houve apenas quatro mortes por covid-19 entre os Kokama. Nos dois meses anteriores, quando ainda eram atendidos nos hospitais, foram registradas 56 mortes
Mongabay, 30/07.
Contra Covid-19, indígenas e seringueiros do Acre recriam Aliança dos Povos da Floresta
Primeira iniciativa foi de Chico Mendes, em 1985, durante a redemocratização; campanha arrecada verba para comprar alimentos e equipamentos de proteção para 3.638 famílias que vivem em quinze terras indígenas e em quatro reservas extrativistas. Para isso, o grupo lançou, na última segunda-feira (27), uma campanha on-line chamada Empate 2020 – Povos da Floresta na Luta contra Covid-19, que visa angariar verba para garantir a alimentação de famílias indígenas e extrativistas. Todo valor arrecadado será destinado à compra de álcool em gel, máscaras e alimentos, dando preferência para comércios locais
De Olho nos Ruralistas, 30/07.
Esplanada da Morte (III): deboche de Damares esconde ataques a povos vulneráveis
No dia em que o Brasil ultrapassava a marca de 9 mil mortes por Covid-19, 07 de maio, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, anunciava, em coletiva de imprensa, uma das poucas ações de sua pasta para combater a pandemia: um concurso de máscaras infantis: — Eu vim de Mulher Maravilha, de Mulher Aranha. Existe, sim, Mulher Aranha, viu, crianças? Quando, treze dias depois, ela divulgou o vídeo convocando meninas e meninos de até 12 anos a participarem, a Covid-19 já atingia mais de 310 mil pessoas no país. Com 980 casos e 125 óbitos, a taxa de mortalidade entre os indígenas era de 12,6%, o dobro da média
De Olho nos Ruralistas, 30/07.
Transgênicos: deputados do PT questionam governo sobre fiscalização
Os deputados federais petistas Nilto Tatto (SP), João Daniel (SE), Patrus Ananias (MG) e Valmir Assunção (BA) querem que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina (DEM-MS), preste informações sobre as ações de fiscalização do plantio de transgênicos no país. Segundo os parlamentares, cresce de maneira exponencial a quantidade de variedades geneticamente modificadas (OGM) liberadas comercialmente, bem como a área plantada. Ao mesmo tempo, pequenos agricultores, povos indígenas e comunidades tradicionais têm constatado que suas lavouras cultivadas com sementes crioulas, tradicionais ou locais sofrem cada vez mais com a contaminação pelas plantas transgênicas. Isso acontece especialmente com o milho
Rede Brasil Atual, 30/07.
O fantasma das barragens: comunidades no Pará vivem na iminência de um desastre ambiental
A Mineração Rio do Norte (MRN), quarta maior produtora de bauxita do mundo, possui 26 barragens de rejeitos em Oriximiná. É o município com o maior número desses depósitos de resíduos de mineração no Pará. A maior das barragens tem 110 hectares de área. Todo o sistema de gerenciamento de resíduos da MRN abrange 1.700 hectares, inteiramente inseridos em uma unidade de conservação. O desastre de Mariana (MG), em 2015, alertou as comunidades vizinhas para o perigo de viver próximas a esses depósitos. Um deles é considerado de alto risco pela Agência Nacional de Mineração
Mongabay, 29/07.
Governo libera o registro de 38 agrotóxicos genéricos para uso dos agricultores
O Ministério da Agricultura publicou nesta terça-feira (31) a liberação de mais 38 agrotóxicos genéricos para o uso dos agricultores. Já são 235 novas autorizações publicadas em 2020. Do total, segundo o ministério, são 25 agrotóxicos químicos e 13 biológicos, que são aqueles que podem ser utilizados tanto em lavouras comerciais quanto na produção de alimentos orgânicos, por exemplo. Em relação ao ritmo de liberação, as autorizações feitas em 2020 perdem apenas para 2018 e 2019, quando o governo registrou a maior quantidade de produtos desde o início da série histórica em 2005. Entre os produtos químicos registrados destaque para 1 registro do herbicida glifosato, o mais vendido do mundo e associado por estudos ao câncer, e 1 para o também herbicida atrazina, que foi banido da União Europeia por risco de contaminação de lençóis freáticos
G1, 31/07, Agro.
Garimpo gera problemas sanitários, ambientais e culturais em terras indígenas
A disseminação do coronavírus em terras indígenas pode ser diretamente ligada ao ramo de mineração e garimpo, é o que garante Marcelo Barbosa, Articulador Social da Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (Renser) e militante do Movimento Pela Soberania Popular da Mineração (MAM) de Minas Gerais. Ele explica que, desde o início da pandemia, o MAM tem dedicado bastante atenção ao avanço do coronavírus nos territórios que sofrem com incidência de mineração - que vão desde os territórios tradicionalmente ocupados, áreas quilombolas e, principalmente, terras indígenas, mas também cidades e comunidades rurais e urbanas que estão sendo impactadas pela mineração
Brasil de Fato, 31/07.
Unicamp suspende pesquisa financiada pelo lobby para liberar agrotóxico letal
Após revelações em matéria da Repórter Brasil e da Agência Pública, o comitê de Ética da Unicamp suspendeu pesquisa conduzida em laboratório da Faculdade de Ciências Farmacêuticas que estava sendo usada para liberar o uso de agrotóxico letal. A reportagem denunciou que, antes mesmo de ser concluída, a pesquisa era peça central do lobby para reverter a proibição do paraquate, classificado como “extremamente tóxico” e um dos agrotóxicos mais usados no Brasil. O produto está com data marcada para ser banido em setembro deste ano, segundo decisão tomada pela Anvisa em 2017 com base em evidências de que ele pode gerar mutações genéticas e a doença de Parkinson nos trabalhadores rurais
A Pública, 30/07; Repórter Brasil, 30/07.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
“Eu não quero ser assassinada!”, diz Socorro do Burajuba sobre as ameaças que enfrenta em Barcarena
Maria do Socorro Costa da Silva, mais conhecida como Socorro do Burajuba, nome da comunidade quilombola onde ela vive, é presidenta da Associação de caboclos, indígenas e quilombolas da Amazônia (Cainquiama), no município de Barcarena, no nordeste do Pará. No novo vídeo da série “Vozes que resistem”, publicado na quarta-feira (29), Socorro do Burajuba relata as ameaças que enfrenta desde o ano de 2016 quando começou a denunciar os crimes socioambientais contra as populações tradicionais de Barcarena. Na ocasião, sua casa foi invadida por policiais militares. Daí as ameaças não deram trégua
Amazônia Real, 29/07.

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