As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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28/07/2020 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
“É uma sequência do que consideramos políticas genocidas”, afirma Joênia Wapichana sobre vetos de Bolsonaro
De relatoria da deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR), a primeira mulher indígena do Brasil a assumir uma cadeira no Congresso, o projeto demorou mais um mês para passar pelo Senado. Após mais duas semanas de espera, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) finalmente sancionou a lei, mas com 16 vetos e desprezando medidas consideradas como eixos fundamentais da lei como garantia de acesso à água potável e distribuição de cestas básicas e materiais de higiene. A Lei 14.021/021 foi publicada no dia 8 de julho no Diário Oficial da União. Em tempos de pandemia, tratou-se de um dos projetos com maior número de vetos presidenciais, o que é só mais um reflexo, segundo Joênia Wapichana, da política discriminatória do governo Bolsonaro contra os povos indígenas
Amazônia Real, 27/07.
No Norte ‘morreu muita gente sem assistência’, afirma pesquisador da Fiocruz
Para analisar a realidade da pandemia na região Norte, a Amazônia Real entrevistou o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz do Mato Grosso do Sul, Júlio Croda. Ele foi diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde durante a gestão de Luiz Henrique Mandetta. O especialista deixou o governo de Jair Bolsonaro com a demissão do então ministro e voltou à pesquisa. Nesta entrevista, afirmou com assertividade que Manaus desfruta de relativa calmaria “porque muita gente morreu” e a população adquiriu da “imunidade de rebanho”, ou imunidade coletiva. “Manaus chegou a 800, 900 mortes por milhão, isso está entre os piores indicadores do mundo”, diz
Amazônia Real, 27/07.
Profissionais de saúde desembarcam em Barra do Garças (MT) para atender indígenas durante pandemia
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) carregado de insumos aterrissou nesse domingo (26) no aeroporto de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, para a força tarefa de atendimento médico à população indígena da região. Até sexta-feira (25), eram 313 Xavantes contaminados pelo novo coronavírus e 30 mortos em decorrência da Covid-19, conforme dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai)
G1/MT, 27/07.
Operação leva profissionais da saúde das Forças Armadas e entrega 3 toneladas de insumos para indígenas xavantes em combate à Covid-19 em MT
Uma operação militar é realizada desde segunda-feira (27) para levar atendimento médico e insumos para indígenas xavantes em Mato Grosso, como medida de combate à Covid-19 nas aldeias mato-grossenses. De acordo com o Ministério da Defesa, a primeira fase da Missão Xavante vai até domingo (2). A estimativa é atender cerca de nove mil indígenas da etnia xavante, que vivem nas aldeias localizadas no entorno dos Polos Bases de São Marcos e Campinápolis
G1/MT, 28/07.
Indígena idoso diagnosticado com Covid-19 é transferido de aldeia para o Hospital Geral de Altamira, no PA
Um indígena idoso na etnia Xicrin, que testou positivo para a Covid-19, foi transferido de avião na tarde de segunda-feira (27) para o Hospital Geral de Altamira, no sudoeste do Pará. A transferência rápida para a cidade é uma medida para evitar o agravamento do caso. O paciente mora em uma aldeia distante cerca de uma hora de voo de Altamira, na Terra Indígena Trincheira-Bacajá. A remoção ocorreu em um monomotor fretado pelo Distrito Especial Sanitário Indígena (Dsei) Altamira
G1/PA, 28/07.
Indígenas Uru-Eu-Wau-Wau flagram invasor e o levam para delegacia em RO
Indígenas da etnia Uru-Eu-Wau-Wau flagraram recentemente um senhor armado dentro da reserva, suspeito de invasão de terra, e o conduziram à delegacia. Uma equipe da Polícia Federal (PF) esteve no local, que encaminhou o homem para a delegacia de Buritis (RO). As testemunhas e o suspeito foram ouvidos. Durante a abordagem, os indígenas ainda passaram álcool em gel nas mãos do suspeito e fizeram com que ele também usasse máscara
G1/RO, 27/07.
Desmatamento na Amazônia está secando o resto do Brasil, aponta relatório
As regiões Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste apresentam nos últimos anos chuvas muito abaixo da média. Quem sente primeiro os efeitos da estiagem é a agricultura, com perdas drásticas na produção agrícola. Abastecimento de água e geração de energia também têm sido prejudicados. O agronegócio sofre as consequências da seca, mas também é o causador. O desmatamento na Amazônia, para pecuária, agricultura e exploração madeireira, impacta o regime de chuvas no Brasil e em outros países da América Latina. O cientista Antonio Donato Nobre, autor do relatório O Futuro Climático da Amazônia, é enfático. “A América do Sul está secando devido aos efeitos combinados do desmatamento e das mudanças climáticas”, diz
Mongabay, 28/07.
Harvard investiu quase meio bilhão de dólares em terras do Cerrado marcadas por conflitos
O fundo de investimentos da universidade norte-americana possui pelo menos 405 mil hectares de terras no Cerrado brasileiro. Muitas fazendas colecionam violações de direitos contra pequenos agricultores e crimes ambientais. A maioria das fazendas fica no Matopiba, nova fronteira agrícola do país. Em grande parte improdutivas, as terras acabam sendo usadas para especulação financeira. Harvard diz que está tentando vender a maioria das fazendas. Mas, até o momento, há dificuldade para encontrar compradores
Mongabay, 27/07.
Gente do campo: pecuarista da Amazônia investe em capacitação e produtividade para garantir preservação da floresta
O pecuarista Mauro Lúcio Costa, construiu a vida na Amazônia e que é elogiado até mesmo por ambientalistas por sua forma de produzir. É uma descrição incomum para os tempos atuais, já que a criação de gado é apontada como uma das atividades mais associadas ao desmatamento ilegal da região, com uma imagem muito negativa entre defensores do meio ambiente. Mauro Lúcio Costa consegue produzir carne acima da média nacional e mostra que a atividade não precisa ser vilã na região
G1, 28/07, AGRO.
Povos indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo se unem no combate à pandemia
Com pouca testagem e controle ineficaz da disseminação do vírus, a subnotificação de casos de Covid-19 é uma realidade no Brasil. Entre os povos indígenas, a situação é agravada pelo abandono deliberado do governo federal. Determinada a romper o anonimato imposto pela negligência, a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) tem se dedicado a coletar e divulgar casos de contaminação e mortes em dez estados
Cimi, 27/07.
Em carta ainda inédita, bispos do Brasil se declaram estarrecidos com a política suicida de Bolsonaro
No Brasil, o país com o maior número de católicos no mundo, 152 bispos assinaram uma carta dura, ainda não divulgada, contra o Governo e seu presidente, Jair Bolsonaro, na qual afirmam que o país “passa por um dos momentos mais difíceis de sua história”, que eles definem como” tempestade perfeita”, já que une, de acordo com os bispos, “a crise sem precedentes na saúde ao avassalador colapso da economia”. A carta dos bispos aos católicos brasileiros é uma condenação dura e contundente da atual política bolsonarista. Bispos afirmam que até a religião é usada neste momento “para manipular sentimentos e crenças, provocar divisões, difundir o ódio, criar tensões entre igrejas e seus líderes”
El País, 28/07.

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