As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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16/01/2020 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta sexta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
“Não nos reunimos para planejar uma guerra, mas para defender nossos povos, nossas terras”, diz Raoni
Com essas palavras, o cacique Raoni Metuktire deu início ao Encontro Mebengokrê em 14 de janeiro, revelando sua intenção ao convocar indigenas e representantes de outros povos da floresta para debater retrocessos e ameaças do governo Bolsonaro e definir um plano de ação para combatê-los. O encontro está sendo realizado numa aldeia kayapó (etnia do cacique) no Xingu, às margens do rio de mesmo nome e reúne cerca de 450 indígenas – entre lideranças, ativistas, pajés, jovens, mulheres –, além de ribeirinhos, seringueiros, entre outros povos. “Estamos aqui para defender nosso povo, nossa causa, nossa terra. Eu quero pedir, mais uma vez, que o homem branco nos deixe viver em paz, sem conflito, sem problema. Eu nunca faria um encontro para atacar alguém. Estamos reunidos aqui para nos defender”
Conexão Planeta, 16/01.
Massacrados e criminalizados, guajajara fazem denúncias a frente parlamentar
A aldeia Juçaral, na Terra Indígena (TI) Arariboia, no Maranhão, recebeu a visita de deputados e senadores da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas na última sexta-feira (10). Foram quatro horas de depoimentos denunciando casos de perseguição e violência e a falta de políticas públicas de acesso à saúde, ao transporte e à educação. Nesta área, foi assassinado Paulino Guajajara, em novembro do ano passado. A TI Arariboia reúne cerca de 12 mil indígenas da etnia Guajajara em 149 aldeias. Durante a audiência, 15 caciques relataram à comitiva casos do que consideram ser a principal ameaça ao seu território: a invasão para a retirada de madeira
Brasil de Fato, 15/01.
Ministério da Justiça vai enviar Força Nacional para área de conflito entre indígenas e produtores em Dourados, MS
O Ministério da Justiça determinou o envio de uma equipe da Força Nacional para a área de conflito entre produtores rurais e indígenas em Dourados. O pedido foi feito pelo governo do estado ao governo federal. A proposta é reforçar a segurança nas aldeias da cidade. De acordo com o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, a previsão é que a equipe da Força Nacional chegue no fim do mês a região.
G1/MS, 15/01.
Cacica Miranha diz que Funai foi alertada sobre conflito que resultou em três mortes em Coari (AM)
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas iniciou nesta quarta-feira (15) no rio Solimões as buscas aos corpos dos indígenas Francisco Cardoso da Cruz, 63 anos, e Mateus Marins da Cruz, 41 anos, da etnia Miranha, que foram jogados por posseiros nas águas na manhã do dia 7 de janeiro, no município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus) e morreram afogados. Três homens foram presos, segundo a Polícia Civil, e confessaram a autoria dos crimes. Eles também confessaram o envolvimento no assassinato de Joabe Marins da Cruz, que foi morto com um tiro de espingarda na Terra Indígena Cajuhiri Atravessado. Francisco era marido da cacica Eunerina Marins da Cruz e Mateus e Joabe eram os filhos do casal. Eunerina disse que o motivo dos assassinatos é a coleta de castanha pelos posseiros dentro do território, que foi homologado em 2015
Amazônia Real, 15/01.
Desmatamento na Amazônia pode aumentar em 2020, diz especialista
O desmatamento da floresta amazônica está sob ameaça de acelerar e atrair uma crescente preocupação global, uma vez que nenhuma nova medida de prevenção de incêndios foi tomada no período crucial para a estação seca deste ano, de acordo com Tasso Azevedo, coordenador do grupo MapBiomas, que monitora a taxa de destruição da floresta. “Espera-se que seja pior que no ano passado, a menos que algo realmente grande aconteça nos próximos dois ou três meses para evitar a alta temporada de desmatamento que começa em maio”, disse Azevedo à Reuters em Oslo nesta quarta-feira
Terra, 15/01.
2019 foi segundo ano mais quente, dizem agências
Nesta quarta-feira (15), as agências federais americanas Nasa e Noaa e a Organização Meteorológica Mundial confirmaram o recorde, que já havia sido indicado na semana passada pelo serviço europeu Copernicus. Segundo a Nasa, no ano passado a Terra teve temperatura média 0,98oC mais alta do que a média do século 20. A Noaa, que usa uma metodologia ligeiramente distinta, pôs a diferença em 0,95oC – e 1,15oC acima da média pré-industrial. Em ambos os casos, trata-se do segundo ano mais quente desde o início das medições com termômetros, em 1880. Perde apenas para 2016, e por uma diferença pequena de 0,04o C. A década de 2010 foi a mais quente de todos os tempos – os últimos cinco anos foram todos os mais escaldantes desde o início das medições.
Observatório do Clima, 15/01.
YouTube promove vídeos com desinformação sobre mudança climática, mostra estudo
Um estudo realizado em seis países indica que o YouTube está impulsionando conteúdo desinformativo sobre as mudanças climáticas — marcas reconhecidas estão ajudando a financiá-los, inadvertidamente. O relatório, produzido pela plataforma de campanhas Avaaz, analisou os vídeos recomendados pela plataforma a usuários que buscaram os termos global warming (aquecimento global), climate change (mudança climática) e climate manipulation (manipulação climática) entre agosto e dezembro de 2019. Entre os cem vídeos mais sugeridos pelo YouTube (incluindo a barra de recomendações ao lado direito da tela e os conteúdos exibidos automaticamente após outros vídeos) na busca por "aquecimento global", 16% continham informações que, depois de checadas pela equipe da Avaaz, foram consideradas comprovadamente falsas ou enganosas
BBC Brasil, 16/01.
Como a proliferação de plantas aquáticas está ameaçando a vida no rio São Francisco
A proliferação acelerada de plantas aquáticas no rio São Francisco está surpreendendo e preocupando ambientalistas e pesquisadores no Nordeste. A grande quantidade de espécies, em especial elódeas e aguapés (respectivamente dos gêneros elodea e eichhornia), ocorre basicamente por conta do despejo de esgoto e produtos químicos no rio. Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil afirmaram que não é possível saber exatamente quando essas plantas surgiram no rio, mas que elas se alastraram de forma surpreendente por conta da contaminação e da diminuição da vazão
BBC Brasil, 14/01.

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