As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
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14/08/2017 | Ano 24
As notícias mais relevantes desta quinta-feira para você formar sua opinião sobre a pauta socioambiental
Ganha-pão, sururu desaparece e deixa pescadores sem sustento em Maceió
Às margens da lagoa Mundaú, em Maceió, uma quadra antes cheia de pessoas vendendo sururu agora está abandonada. O sururu é uma referência da culinária alagoana e bem cultural do Estado. A diminuição do nível da salinidade da lagoa fez o animal desaparecer, o que deixou 3.000 famílias (cerca de 11 mil pessoas) sem renda. Os pescadores de sururu não recebem o seguro-defeso -espécie de seguro-desemprego pago pelo INSS a pescadores artesanais- porque o molusco não está entre as espécies ameaçadas e, portanto, cobertas pelo benefício. O excesso de chuvas nos últimos dois meses é apontado como a principal causa do desaparecimento do sururu nas lagoas Mundaú e Manguaba, também na região metropolitana. O biólogo e consultor ambiental Álvaro Borba Júnior, afirma que a possibilidade de desaparecimento em definitivo do sururu é real
FSP, 12/8, Cotidiano, p.B6.
Araras, papagaios e periquitos voltam ao céu do Rio
Impossível ignorar os bandos de papagaios e periquitos que cruzam a cidade de Norte a Sul. Estardalhaço e cor não lhes faltam. Menos ainda quantidade. Especialistas em aves afirmam que não se trata de mera impressão. Os psitacídeos - denominação que inclui araras, papagaios e periquitos - estão mesmo mais comuns no município do Rio de Janeiro e podem ser encontrados em quase todos os bairros. O que muita gente não percebe é que não se trata de uma, mas de mais de uma dezena de espécies. O motivo de a papagaiada ter voltado permanece incerto. Especialistas acreditam que a redução da caça e do aprisionamento das aves em gaiolas deve ter tido papel fundamental. Eles observam, entretanto, que as populações urbanas de pássaros de forma alguma garantem a sobrevivência das espécies
O Globo, 14/8, Rio, p.10.
STF poderá sustar o "marco temporal"?
"Para coroar uma campanha enganosa, a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu um parecer que o presidente Michel Temer logo aprovou, publicado no dia 20 de julho. Trata-se de ressuscitar, pela terceira vez, a portaria 303 de 2012 da AGU, tão controvertida que por duas vezes teve de ser suspensa. Não é por acaso que ela ressurge agora: faz parte do pacote de concessões de Temer aos interesses da frente ruralista. O parecer obriga toda a administração pública federal a cumprir as "condicionantes" que constaram do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a célebre demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em 2009. No próximo dia 16 de agosto, é plausível que o tribunal pleno do STF venha a se pronunciar sobre o 'marco temporal'. Esperamos que o plenário tenha a sabedoria de restabelecer a justiça para com os povos indígenas", artigo de José Afonso da Silva e Manuela Carneiro da Cunha
FSP, 13/8, Tendências e Debates, p.A3.
A estabilidade das trevas
"Teve vida útil de uma bolha de sabão a balela de Temer de aumentar o Imposto de Renda dos ricos. Pouco importa se o propósito era barganhar apoio no Congresso para as reformas: a quem Temer tentou enganar ao dar vazão à informação? Como um governo a serviço do agronegócio, da indústria e da banca -de quem, enfim, lastreou sua farsesca ascensão ao poder- seria capaz de apoquentar essa fatia minúscula que o apoia, cerca de 5% dos brasileiros? Representados no Congresso pelas bancadas BBB (boi, bala e Bíblia), esses 5% têm sido vitoriosos, diante da inércia do restante do país, em sua escalada rumo a uma espécie de 'tirania da minoria'. Temer lhes atende com leis, MPs e decretos, facilita a grilagem e o desmatamento, concede benesses e perdoa dívidas, esvazia a Funai, indica que o Estado brasileiro pouco se importa com chacinas nas profundezas do país", artigo de Fabio Victor
FSP, 14/8, Opinião, p.A2.
Vivi o bastante para ver um megaincêndio na Groenlândia
"Está comendo solto na Groenlândia o maior incêndio natural já visto na gigantesca ilha do Ártico. Ora, a Groenlândia não está coberta de gelo? Sim, em grande parte, cerca de 80% de seus 2,17 milhões de quilômetros quadrados. Um quinto do território, no entanto, fica livre de gelo e neve. Ali viceja uma vegetação composta principalmente de capim e arbustos, com poucas árvores, como bétulas. A principal hipótese é que o incêndio esteja queimando turfeiras. Há também quem acredite que o incêndio só esteja ocorrendo agora, nessas proporções, porque a turfa se encontra ressecada por força do aquecimento global. Mas isso ainda precisa ser corroborado com pesquisas e dados. De todo modo, o Ártico passa por um de seus verões mais quentes. A calota de gelo que cobre o oceano da região encolhe num ritmo só igualado em 2012, quando o recorde de menor extensão foi batido.", artigo de Marcelo Leite
FSP, 14/8, Colunistas.
Distritão, inimigo da ciência e da sociedade
"A reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ocorrida há algumas semanas, discutiu ideias como a criação de um partido para representar a ciência no país, ou, ainda, estratégias para que todo partido possa ter um número mínimo de cientistas candidatos. Todas essas ideias são interessantes. Só que nenhuma terá nenhum efeito se o Brasil aprovar o chamado distritão como sistema eleitoral. O distritão é, por excelência, o inimigo de todo e qualquer candidato que venha da sociedade. Ele privilegia apenas políticos profissionais que controlam currais eleitorais ou celebridades, únicos capazes de angariar sozinhos volumes avassaladores de votos. Se o Brasil depende de múltiplas capacidades para construir um novo modelo de desenvolvimento, o distritão corta tudo pela raiz. Ele privilegia um governo de manipuladores, afastando ainda mais o Estado da sociedade", artigo de Ronaldo Lemos
FSP, 14/8, Mercado, p.A18.
Terceiro setor em tempos de crise
"Neste momento de grave crise que afeta severamente a economia do país, é importante que se chame a atenção para o impacto que o trabalho das organizações do terceiro setor tem nas vidas dos brasileiros. Muitas vezes, projetos sociais são o único acesso de moradores de comunidades carentes a serviços como educação, cultura, esporte, saúde e cidadania. Mesmo assim, o financiamento via empresas ou via doações individuais vem diminuindo drasticamente desde 2014, ano em que a crise ganhou proporções maiores. Nem mesmo as instituições que carregam consigo nomes de pessoas conhecidas escapam. O financiamento do terceiro setor no Brasil precisa amadurecer bastante. Criar o hábito da doação nos cidadãos brasileiros e nos empresários é um longo caminho e uma questão muito séria, principalmente em tempos de crise", artigo de Raí Oliveira
FSP, 14/8, Tendências e Debates, p.A3.

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